A diretora também comentou sobre as inúmeras mortes que voltaram a ocorrer no território palestino com o retorno dos ataques israelenses.
Por Redação, com ANSA – de Gaza
A Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos (Unrwa) revelou nesta quarta-feira que desde 2 de março, quando expirou a primeira fase do acordo de cessar-fogo entre Hamas e Israel, a ajuda humanitária na Faixa de Gaza foi completamente interrompida.

– Nada de alimentos, nem de água, remédios ou suprimentos – declarou Juliette Touma, diretora de comunicação da Unrwa, durante uma coletiva de imprensa em Bruxelas, na Bélgica, referindo-se ao episódio como “o mais longo assédio imposto a Gaza” desde o início da guerra, em 7 de outubro de 2023.
Ela lembrou ainda que no período de trégua, de 19 de janeiro a 2 de março deste ano, “entre 500 e 600 caminhões [com ajuda humanitária] entravam no enclave por dia”.
– Pedimos mais uma vez a volta do cessar-fogo, a libertação imediata de todos os reféns e o acesso, sem impedimentos, de ajuda humanitária e suprimentos na Faixa de Gaza – reforçou Touma.
Território palestino
A diretora também comentou sobre as inúmeras mortes que voltaram a ocorrer no território palestino com o retorno dos ataques israelenses.
– Na semana passada, cerca de 500 pessoas morreram em apenas um dia, sendo a grande maioria, mulheres e crianças – falou a representante da Unrwa, sem se esquecer dos membros de sua equipe durante o bombardeio.
– O balanço das vítimas entre nossos funcionários continua a aumentar. Perdemos oito colaboradores nos últimos dias – informou.
Por fim, ela também denunciou “a pressão crescente” que a agência tem recebido para interromper seus serviços, principalmente após a entrada em vigor, no final de janeiro, de duas leis aprovadas pelo parlamento israelense que proíbem a Unrwa de realizar atividades dentro de Israel, além de proibir autoridades do país judeu de terem qualquer contato com a agência das Nações Unidas.