Os atos foram convocados pelo ‘Movimento Vida Além do Trabalho’ (VAT), que tem mobilizado as redes sociais a favor da PEC. Em petição online, o movimento já reuniu quase 3 milhões de assinaturas a favor da mudança.
Por Redação, com ABr – do Rio de Janeiro
Nas principais capitais do país, trabalhadores realizaram atos nesta sexta-feira pelo fim da escala de seis dias de trabalho e um dia de folga (6×1). Foram realizados atos em São Paulo, Brasília, Manaus, Fortaleza, Rio de Janeiro e no Recife.
A pauta ganhou repercussão nesta semana em razão da proposta de emenda à Constituição Federal (PEC), de autoria da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), que propõe jornada de trabalho de, no máximo, quatro dias de trabalho por semana, por três de descanso em todo o país.
Os atos foram convocados pelo ‘Movimento Vida Além do Trabalho’ (VAT), que tem mobilizado as redes sociais a favor da PEC. Em petição online, o movimento já reuniu quase 3 milhões de assinaturas a favor da mudança.
Convívio
A proposta de emenda constitucional foi elaborada na causa defendida pelo VAT, que a jornada de trabalho no Brasil, 6×1, é uma das principais causas de exaustão física e mental dos trabalhadores; além de impedir o convívio dos trabalhadores com a família e amigos e a prática de atividades físicas, de lazer ou estudo.
Em São Paulo, os manifestantes reuniram-se na Avenida Paulista.
De um carro de som, uma das líderes do ato, Priscila Araújo Kashimira, ressaltou que os jovens estão entre os mais afetados pela jornada de trabalho 6×1, pela dificuldade em conciliar os estudos para tentar entrar em uma instituição de ensino superior. Ela contou ainda que o convívio com a mãe, que estava também no carro de som, foi muito afetado em razão dessa escala de trabalho.
Mobilizações
Priscila Kashimira apontou, ainda, que outros trabalhadores prejudicados pela atual jornada são funcionários de shoppings e telemarketing. Ela criticou as empresas de telemarketing por sujeitar os funcionários a intervalos curtos, “de menos de 20 minutos para almoço”.
— Se fechar farmácia, mercado e shopping, esse país para — garantiu.
Um dos integrantes do VAT, Washington Soares, salientou que a mobilização pela petição online começou um ano atrás, incluindo panfletagens. Para ele, a pluralização das manifestações e adesões favoráveis, como de partidos e parlamentares, se deve por ser uma pauta que independe de posições partidárias e ideologias.
— É uma pauta para todo mundo — concluiu.