Rio de Janeiro, 07 de Novembro de 2024

No Sudão, dezenas morrem de doença misteriosa

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Quinta, 07 de Novembro de 2024 às 14:51, por: CdB

Essa é uma das dezenas de vilas atacadas no Estado de El Gezira, no leste do país, desde a deserção de um dos principais comandantes da RSF para o Exército, o que provocou ataques de vingança.

Por Redação, com Reuters – de Al-Hilaliya

Ao menos 73 pessoas morreram de causas misteriosas na localidade sudanesa de Al-Hilaliya, sitiada pelo grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido, informou o Sindicato dos Médicos do Sudão.

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Ao menos 73 pessoas morreram de causas misteriosas na localidade sudanesa de Al-Hilaliya

Essa é uma das dezenas de vilas atacadas no Estado de El Gezira, no leste do país, desde a deserção de um dos principais comandantes da RSF para o Exército, o que provocou ataques de vingança que deslocaram mais de 135 mil pessoas.

A guerra entre as duas forças criou a maior crise humanitária do mundo, desalojando mais de 11 milhões de pessoas, levando mais ainda à fome, atraindo potências estrangeiras e provocando temores de colapso do Estado.

Alto número de mortes

Embora o alto número de mortes em outras partes de Gezira tenha sido resultado de bombardeios e tiros da RSF, em Hilaliya as pessoas adoeceram com diarreia, sobrecarregando um hospital local, de acordo com o sindicato e três pessoas da região.

Um blecaute de rede imposto pela RSF dificultou a determinação da causa exata.

Um homem que falou com á agência inglesa de notícias Reuters disse que três membros de sua família morreram da mesma doença, mas que ele descobriu apenas dias depois, quando outros fugiram para uma área com acesso à Internet.

De acordo com ativistas pró-democracia, o cerco começou em 29 de outubro, quando a RSF invadiu o local, matando cinco pessoas e cercando os moradores dentro de três mesquitas.

Hilaliya é o lar da família do comandante desertor Abuagla Keikal, o que, segundo os habitantes locais, pode explicar o cerco a um centro de comércio anteriormente estável que abrigava 50 mil pessoas, incluindo muitos deslocados de outras áreas.

Os mercados e armazéns da cidade foram saqueados, segundo testemunhas.

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