Rio de Janeiro, 30 de Junho de 2025

Líder do governo sinaliza para mudança profunda na base aliada

José Guimarães propõe nova aliança política em torno da democracia e desenvolvimento social, visando reeleição de Lula em 2026.

Terça, 27 de Maio de 2025 às 20:47, por: CdB

Guimarães propõe que a aliança seja construída “em torno do compromisso com a democracia e um programa de desenvolvimento da renda e (enfrentamento) à miséria”.

Por Redação – de Brasília

Líder do governo na Câmara, o deputado José Guimarães (PT-CE) já não esconde mais a formação de uma aliança encabeçada pelo PT, com a incorporação formal do PSB e do PDT em uma federação partidária. O deputado sinalizou publicamente, nesta terça-feira, a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de consolidar uma frente ampla para disputar a reeleição, no ano que vem.

Líder do governo sinaliza para mudança profunda na base aliada | Líder do Governo, na Câmara, Guimarães negocia a formação de um bloco de apoio ao Planalto
Líder do Governo, na Câmara, Guimarães negocia a formação de um bloco de apoio ao Planalto

— A ideia é formar uma federação envolvendo PT, PV e PCdoB, como já existe, e trazer também o PSB e o PDT. Como as federações estão se formando, temos que nos dar conta de que é importante formar uma — afirmou Guimarães ao site brasiliense de notícias Metrópoles, nesta manhã.

Guimarães propõe que a aliança seja construída “em torno do compromisso com a democracia e um programa de desenvolvimento da renda e (enfrentamento) à miséria”.

 

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Divisão

Diante os novos arranjos no Parlamento, com o anúncio da federação entre o PP e o União Brasil com um bloco robusto, de 109 deputados e 13 senadores, a base aliada começa a se movimentar. Também está em negociação uma federação entre PSD, MDB e Republicanos, o que pode fortalecer ainda mais o chamado ‘Centrão’; além de reduzir o espaço das legendas sem alianças formais, tanto na ocupação de cargos como na divisão do Fundo Eleitoral.

Segundo Guimarães, a federação com PSB e PDT poderia somar até 119 deputados, ampliando significativamente o peso político da aliança em torno de Lula.

— Essa federação teria uma importância vital para construir uma frente ampla para 2026 — observou.

 

Conversas

Embora haja resistência interna no PT, junto aqueles setores que temem a perda de protagonismo, o receio de encolhimento de bancadas nas próximas eleições pode funcionar como fator de convencimento para ampliar as conversas. As federações partidárias têm duração obrigatória de quatro anos e exigem consenso entre os partidos federados tanto nas candidaturas majoritárias quanto proporcionais, funcionando como uma única sigla perante o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O PSB, do vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e também responsável pelo Ministério do Empreendedorismo com Márcio França, é tido como aliado estratégico do governo e interessado em manter o posto na chapa de Lula em 2026.

O PDT, por sua vez, distanciou-se após a saída do Ministério da Previdência, em meio à crise envolvendo o INSS. Para Guimarães, é preciso reatar os laços.

— (É preciso que) o PDT volte à normalidade na relação com o governo. Sempre foi um aliado leal e fiel do governo, já defendi isso perante a ministra Gleisi (Hoffmann, de Relações Institucionais). Defendo um reajuste de conduta de lado a lado. Precisamos discutir com a bancada (o que poderia ser feito) — concluiu.

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