O jogador dos Bálcãs foi muito irregular e fechou a partida com 30 erros não forçados, 20 deles no primeiro set.
Por Redação, com Europa Press – de Madri
O tenista sérvio Novak Djokovic não teve o retorno desejado três anos depois ao Mutua Madrid Open, quarto Masters 1000 da temporada que é disputado no saibro, e foi eliminado no sábado em sua estreia de forma clara contra o italiano Matteo Arnaldi em dois sets 6-3, 6-4 depois de uma partida excessivamente errática.
Campeão em 2011, 2016 e 2019, o vencedor de 24 Grand Slams retornou à Caja Mágica após três anos de ausência e se juntou à lista de atrações dos fãs que tiveram uma despedida precoce, no seu caso na quadra onde esteve longe do seu melhor para adicionar outro revés precoce após o que ele também sofreu na abertura no Masters 1000 de Monte-Carlo contra o chileno Alejandro Tabilo.
O jogador dos Bálcãs foi muito irregular e fechou a partida com 30 erros não forçados, 20 deles no primeiro set. Seu backhand de duas mãos foi um obstáculo e seu saque, especialmente o segundo, também não funcionou, nem mesmo deixou qualquer sinal de desespero ou raiva na pista.
E a tudo isso se juntou um sólido Arnaldi, que tem o sérvio como ídolo e que suportou bem e aproveitou suas chances à perfeição para assinar sua segunda vitória sobre um ‘Top 5’ depois da que teve contra o norueguês Casper Ruud, curiosamente também no saibro vermelho de Madri (2023).
O primeiro set de “Nole” foi para esquecer e mostrou que ele não está em seu melhor momento no tênis. Ele sempre ficou atrás do italiano, que quase não deu nada ao vencedor de 24 Grand Slams, já atrás desde o início, apesar de sua tentativa de reagir no ensolarado e quente Manolo Santana.
O sérvio perdeu seu primeiro saque e chegou a estar perdendo por 2 a 0, mas conseguiu se recuperar e até teve um break point no quinto game para estar à frente. O italiano salvou-o e manteve-se firme na quadra, especialmente nos longos ralis, ajudado pela tarde ruim com o backhand de duas mãos do ex-número um do mundo. No final, um game ruim com 4 a 3 de desvantagem, incluindo duas duplas faltas seguidas, custou a Djokovic outra quebra e ele foi forçado a voltar porque seu oponente não desistiu.
Segundo set
O segundo set trouxe uma versão um pouco melhor do tricampeão do torneio. Com seu drive causando mais danos, ele conseguiu jogar um pouco mais confortavelmente, mas seu principal problema era que Arnaldi já havia acreditado e não estava disposto a ceder terreno. O italiano segurou bem seu saque apesar da pressão crescente do sérvio, que estava tentando se conectar mais com a torcida, e compensou o fato de não conseguir causar nenhum dano com sua devolução até encontrar uma brecha.
No sexto game, Djokovic voltou a ser irregular e o transalpino encontrou uma opção de ‘break’ após um voleio na rede do balcânico, que certificou com um grande ponto mais tarde. O ex-número um do mundo ainda teve um vislumbre de reação com um ótimo 0-40 no game seguinte, mas a tarde não era dele e sim de um Arnaldi que não se enervou para manter seu saque e o seguinte e passar para a terceira rodada onde enfrentará o bósnio Damir Dzumhur.
Além disso, o início do dia na Caja Mágica trouxe uma difícil recuperação (3-6, 6-4, 6-3) para o grego Stefanos Tsitsipas contra o alemão Jan-Lennard Struff, finalista em 2023 contra Carlos Alcaraz, enquanto o australiano Alex de Miñaur não deu opções ao italiano Lorenzo Sonego (6-2, 6-3) e o britânico Cameron Norrie deixou de fora (2-6, 6-4, 6-0) o tcheco Jiri Lehecka, semifinalista e carrasco de Rafa Nadal no ano passado.
No feminino, a russa Mirra Andreeva e as americanas Coco Gauff e Madison Keys avançaram após vencerem a polonesa Magda Frech (6-4, 7-5), a americana Ann Li (6-2, 6-3) e a russa Anna Kalinskaya (7-5, 7-6), respectivamente.
