Rio de Janeiro, 11 de Junho de 2025

Clubes alertam para colapso sem patrocínio de bets

Clubes brasileiros expressam preocupação com restrições à publicidade de casas de apostas, alertando para possíveis perdas financeiras e o impacto no ecossistema do esporte.

Quarta, 28 de Maio de 2025 às 11:48, por: CdB

A atual versão do texto impõe restrições de horários para a publicidade. Os senadores também avaliam limitar o uso de atletas e outras figuras públicas nas peças publicitárias.

Por Redação, com CartaCapital – de Brasília

Em nota conjunta, dezenas de clubes brasileiros (incluindo nove agremiações da Série A do Campeonato Brasileiro Masculino) manifestaram ‘enorme preocupação’ com o avanço de discussões no Congresso que podem levar ao veto da publicidade de casas de apostas em eventos esportivos.

Clubes alertam para colapso sem patrocínio de bets | Flamengo e Palmeiras são dois dos clubes signatários da nota conjunta em defesa da publicidade de casas de apostas
Flamengo e Palmeiras são dois dos clubes signatários da nota conjunta em defesa da publicidade de casas de apostas

No texto, os clubes citam um possível ‘colapso’ (em letras maiúsculas) ‘de todo o ecossistema do esporte’ caso seja determinada a limitação da publicidade das casas de apostas durante as partidas e nas transmissões. As perdas são estimadas em R$ 1,6 bilhão por ano.

O assunto foi debatido nesta quarta-feira pela Comissão de Esporte do Senado, que vota um Projeto de Lei de autoria do senador Styvenson Valentim (Podemos-RN), com relatoria do senador Carlos Portinho (PL-RJ). A proposta prevê o veto de publicidade e ações de marketing das empresas de ‘bets‘.

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A atual versão do texto impõe restrições de horários para a publicidade. Os senadores também avaliam limitar o uso de atletas e outras figuras públicas nas peças publicitárias. Além disso, a ideia é exigir a exibição de avisos sobre os riscos das apostas.

Os clubes

Os clubes que assinam o texto, porém, avaliam que a proposta em análise é ‘uma proibição fantasiada de limitação’, e citam a vedação à exposição das marcas de casas de apostas nas placas publicitárias dos estádios como um dos principais motivos.

“As graves perdas financeiras serão bastante expressivas para os grandes clubes. Porém, o que é ainda mais cruel no Substitutivo [texto em análise no Senado] é que essas novas regras poderão ser definitivas para a sobrevivência de clubes de menor expressão, que igualmente realizam trabalho social importante e carregam a ligação afetiva das suas coletividades nas regiões em que estão sediados”, diz a nota.

Ao jornal O Estado de S. Paulo, Carlos Portinho disse que ‘é hora de os clubes assumirem responsabilidade social’, e afirmou que o futebol brasileiro funcionou por décadas sem o dinheiro das casas de apostas.

– Hoje, se você coloca aqui no Senado um projeto para acabar com as bets, passa. Ninguém aguenta mais. Todos já entenderam o tamanho do problema. Na Câmara, não sei. Mas no Senado, passa – disse o parlamentar ao jornal.

Até a publicação desta matéria, estes eram os clubes da Série A que tinham compartilhado a nota oficial:

Atlético-MG

Ceará

Flamengo

Fluminense

Fortaleza

Grêmio

Internacional

Juventude

Palmeiras

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