Rio de Janeiro, 07 de Maio de 2025

Após Erika Hilton, Duda Salabert relata alteração de gênero em visto dos EUA

A deputada Duda Salabert denuncia que seu visto para os EUA foi emitido com gênero masculino, desrespeitando documentos brasileiros, após convite da Universidade Harvard.

Quinta, 17 de Abril de 2025 às 12:23, por: CdB

De acordo com a parlamentar, ela solicitou a renovação do visto após ser convidada pela Universidade Harvard para um curso sobre políticas públicas, que ocorrerá no próximo mês.

Por Redação, com agências de notícias – de Brasília

A deputada federal Duda Salabert (PDT-MG) afirmou na quarta-feira, que o governo dos Estados Unidos concedeu a ela um visto de entrada alterando seu gênero para masculino, assim como ocorreu com a também deputada Erika Hilton (PSOL). Ambas são parlamentares trans e ativistas pelos direitos da população LGBTQIAPN+.

Após Erika Hilton, Duda Salabert relata alteração de gênero em visto dos EUA | Duda Salabert
Duda Salabert

– Minha certidão de nascimento está no feminino, meu CPF, meu RG e todos outros documentos também estão no feminino. Os documentos necessários para retirada de um visto também estão no feminino. Mas o governo Trump me avisou na semana passada que meu visto virá no masculino – disse Duda Salabert em publicação nas redes sociais.

De acordo com a parlamentar, ela solicitou a renovação do visto após ser convidada pela Universidade Harvard para um curso sobre políticas públicas, que ocorrerá no próximo mês.

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– Mais do que transfobia, há uma questão de soberania nacional envolvida: não cabe ao governo dos EUA discordar e refutar os documentos do Brasil – criticou.

Erika Hilton

O mesmo ocorreu com a deputada Erika Hilton, que relatou ter solicitado o visto por ter sido convidada para um evento oficial, a Brazil Conference at Harvard & MIT 2025, em Cambridge, no Estado de Massachusetts, nos Estados Unidos.

A emissão do documento, em 3 de abril, veio com a informação de que a deputada seria do sexo masculino. Segundo Erika, em nenhum momento ela preencheu documentação com tal informação.

– Realmente é uma situação mais do que constrangedora, uma situação de violência, de desrespeito, de abuso, inclusive, do poder, porque viola um documento brasileiro, viola um documento que é nosso. E é uma expressão escancarada, perversa, cruel, do que é a transfobia de Estado praticada pelo governo norte-americano – disse a parlamentar.

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