Rússia anuncia que Putin assinará formalmente a anexação de 15% do território ucraniano, usando como argumento o suposto apoio da população em pseudorreferendos amplamente condenados pela comunidade internacional.

Os quatro referendos foram realizados entre os dias 23 e 27 de setembro, em meio à operação militar especial russa na Ucrânia. A missão foi deflagrada em 24 de fevereiro após anúncio do presidente russo, Vladimir Putin, do reconhecimento da independência da RPD e da RPL

Bloco europeu considera ilegais e afirma não reconhecer resultados divulgados nas quatro regiões ucranianas ocupadas pela Rússia. "Sim" à anexação obteve aprovação de até 99%.

Com exceção de Zaporizhia, que fará o pleito em um único dia, as demais áreas seguirão votando até o dia 27. Os referendos são vistos como uma "farsa" tanto pela Ucrânia como pelos países ocidentais e os resultados pró-Rússia não devem obter reconhecimento internacional

O desfecho das consultas populares representa uma derrota para o ex-ministro do Interior e senador de extrema direita Matteo Salvini, um dos principais cabos eleitorais em defesa do "sim" nas cinco votações

Segundo o boletim divulgado ao meio-dia (hora local) deste domingo pelo Ministério do Interior, apenas 17,78% dos eleitores foram às para escolherem seus novos prefeitos e 6,45% votaram nos cinco referendos que, basicamente, questionam os cidadãos sobre mudanças no sistema judiciário.