Flynn foi o primeiro membro da administração de Trump a se declarar culpado de um crime. Este, no caso, está relacionado a uma ampla investigação de Robert Mueller sobre as tentativas russas de influenciar as eleições presidenciais dos EUA.
Por Redação, com Reuters - de Washington
Presidente dos Estados Unidos, o empresário Donald Trump disse, neste sábado, que não houve “absolutamente nenhum conluio” entre sua campanha e a Rússia. Foi seu primeiro comentário após confissão feita pelo ex-conselheiro de segurança nacional Michael Flynn. Ele confessou que teria mentido à Polícia Federal norte-americana (FBI, na sigla em inglês).
— O que foi demonstrado não é um conluio, nenhum conluio. Não houve absolutamente nenhum conluio, então estamos muito felizes — disse Trump a jornalistas. Ele deixava a Casa Branca para eventos de angariação de fundos em Nova York; após conseguir uma vitória no Congresso dos EUA.
Reforma tributária
Flynn foi o primeiro membro da administração de Trump a se declarar culpado de um crime. Este, no caso, está relacionado a uma ampla investigação de Robert Mueller sobre as tentativas russas de influenciar as eleições presidenciais dos EUA, em 2016. Busca, ainda, possíveis conluios por auxiliares de Trump. Como parte de sua confissão na sexta-feira, Flynn concordou em cooperar com a investigação.
Flynn se declarou culpado por falsas declarações sobre os contatos com o embaixador da Rússia nos Estados Unidos, Sergey Kislyak.
Apesar dos problemas na Corte Suprema dos EUA, Trump comemorava a aprovação, neste sábado, de uma ampla reforma tributária. Um um grande passo para que os republicanos e o presidente Donald Trump se aproximem mais do objetivo de reduzir impostos para as grandes empresas e os norte-americanos mais ricos, com uma série de mudanças tributárias.
Oportunidade
No que seria a maior reforma tributária do país desde a década de 1980, os republicanos querem aumentar a dívida nacional de US$ 20 trilhões em US$ 1,4 trilhão ao longo de 10 anos; para financiar as mudanças. Eles dizem que aumentarão ainda mais uma economia já em crescimento.
“Estamos um passo mais perto de entregar enormes cortes de impostos para famílias trabalhadoras em toda a América”, disse Trump, em um tweet.
Comemorando a vitória no Senado, líderes republicanos projetaram que os cortes nos impostos encorajariam empresas norte-americanas a investirem mais, reforçando o crescimento econômico.
— Agora, temos uma oportunidade de tornar o país mais competitivo; de manter empregos que foram enviados para outros países. E de fornecer um alívio significativo para a classe média — disse Mitch McConnell, líder republicano no Senado.
Evasão fiscal
O Senado aprovou a lei por 51 a 49 votos, com os democratas reclamando que as emendas de última hora, para conquistar republicanos céticos, foram mal redigidas. São vulneráveis, alegam, para serem exploradas, no futuro, por advogados e contadores da indústria da evasão fiscal.
— Os republicanos conseguiram pegar uma lei ruim e torná-la pior ainda. Por baixo da escuridão, e com a ajuda de pesados lobbyes, uma enxurrada de mudanças de última hora vão encher ainda mais os bolsos dos ricos. E das grandes corporações, com dinheiro. Muito dinheiro — afirmou o líder democrata no Senado, Chuck Schumer.
Nenhum democrata votou a favor da lei, mas o partido foi incapaz de bloqueá-la. Os republicanos têm maioria de 52 a 48 no Senado. A união dos conservadores foi decisiva.
As discussões começarão, provavelmente na próxima semana, entre o Senado e a Casa dos Representantes, que já aprovou sua versão da lei fiscal. Trump quer que isso aconteça antes do fim do ano, permitindo que ele e seus colegas republicanos alcancem o primeiro feito legislativo de 2017; apesar de controlarem a Casa Branca, o Senado e a Casa desde que ele assumiu a presidência, em janeiro.