Rio de Janeiro, 25 de Dezembro de 2025

Torquato fala em anular todas as provas da Lava Jato contra Temer

Ocupante do Ministério da Justiça, nomeado por Temer, Torquato Jardim estuda uma forma de livrar o patrão da cadeia.

Segunda, 11 de Setembro de 2017 às 12:30, por: CdB

Ocupante do Ministério da Justiça, nomeado por Temer, Torquato Jardim estuda uma forma de livrar o patrão da cadeia.

 

Por Redação - de Brasília

 

Ocupante do Ministério da Justiça, nomeado por um governo que teria por objetivo “estancar a sangria da Operação Lava Jato”, conforme traduziu o líder do governo no Congresso, senador Romero Jucá (PMDB-RR) para livrar os integrantes do partido e seus principais aliados, Torquato Jardim já fala, abertamente, em anular as provas colhidas pela Procuradoria Geral da República (PGR) contra o presidente de facto, Michel Temer.

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Torquato Jardim tem uma chance de livrar o patrão, Michel Temer, da cadeia. Basta anular as provas obtidas pela PGR junto à JBS

Jardim anunciou, publicamente, durante entrevista a um dos diários conservadores paulistanos, que pretende mudar o comando da Polícia Federal (PF). Acrescentou que tentará, de alguma forma, anular as provas da JBS – que atingem diretamente Michel Temer e Aécio Neves – após a prisão de Joesley Batista.

— Terá consequências graves para a credibilidade do processo. Razoável presumir que depoimentos e provas fiquem sob suspeição de manipulação pelos agora presos. O MPF por certo será ainda mais cuidadoso e minucioso ao examinar os fatos e os documentos pertinentes — disse.

Aposentadoria

Segundo Jardim, “não é possível, não seria razoável admitir, que esses dois delatores e outros mais tenham enganado tão bem tantos, tanto tempo”.

— Agora foram pegos no tropeço. O triste, além de todas as consequências jurídicas para quem foi envolvido, é que a delação esteja sendo colocada em prática por pessoas que não se preparam para essa tarefa — acrescentou.

Sobre a mudança na PF, ele tratou o tema como uma mudança de rotina.

— Com a transição natural da vida. O delegado (Leandro) Daiello está há sete anos no posto, trabalho excepcional. Ele próprio já disse que quer deixar o posto, que quer tirar férias e se aposentar — concluiu.

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