Rio de Janeiro, 31 de Dezembro de 2025

Tiroteio no Complexo da Penha deixa feridos

Uma troca de tiros entre policiais militares e criminosos no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, deixou três feridos na manhã desta terça-feira

Terça, 20 de Junho de 2017 às 09:49, por: CdB

De acordo com a UPP, após o tiroteio, três pessoas deram entrada no Hospital Estadual Getúlio Vargas, que fica bem próximo ao conjunto de favelas

Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro:

Uma troca de tiros entre policiais militares e criminosos no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, deixou três feridos na manhã desta terça-feira. Segundo o comando das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), a base da UPP na comunidade do Sereno foi atacada por criminosos.

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Tiroteio no Complexo da Penha, no Rio, deixa três feridos

Depois disso, os policiais reagiram. Ainda de acordo com a UPP, após o tiroteio, três pessoas deram entrada no Hospital Estadual Getúlio Vargas, que fica bem próximo ao conjunto de favelas. Policiais de outras UPPs foram deslocados para a região, para reforçar o policiamento.

Assassinato em Campo Grande

Na manhã de hoje, um médico foi assassinado em Campo Grande, na Zona Oeste da cidade. Marco Luiz Silva Viana saía de casa quando foi abordado por criminosos. Segundo a Polícia Militar, ele foi baleado e seu carro foi roubado.

A Delegacia de Homicídios investiga o caso.

Professora é atingida

Uma professora do Espaço de Desenvolvimento Infantil Azoilda Trindade, dentro do Complexo da Maré, zona norte do Rio de Janeiro, foi atingida de raspão na tarde anterior por um tiro dentro da unidade quando tentava evitar, junto com outros professores e funcionários, que os alunos fossem alvo de balas perdidas durante confronto entre policiais e criminosos.

O tiro provocou apenas queimadura em um dos braços da professora, sem maiores consequências. O incidente ocorreu quando agentes da Delegacia de Combate às Drogas, da Polícia Civil, realizavam uma operação na comunidade.

Segundo a Secretaria Municipal de Educação, cerca de 30 crianças de até 5 anos estavam na escola e permaneceram deitadas no chão durante o tiroteio. Na hora em que foi atingida, a professora estava com uma criança ao seu lado. Além dos alunos, estavam na escola 14 professores e 24 auxiliares e funcionários da limpeza. Os alunos só foram liberados após o fim do confronto.

Ônibus são incendiados

A Federação de Transportes do Rio de Janeiro (Fetranspor) divulgou nota repudiando mais quatro ataques a ônibus urbanos na Zona Oeste, na madrugada de sábado e domingo. Que elevaram para 107 o número de veículos incendiados de forma criminosa no Estado do Rio de Janeiro desde janeiro. Ao todo, já foram registrados 64 casos, um aumento de 156% em relação ao mesmo período de 2016.

De acordo com a federação, este foi o sexto ataque a ônibus na Zona Oeste somente nesta semana. Comprometendo o transporte na região. Os ataques aos coletivos foram uma represália de moradores da região após uma troca de tiros entre bandidos e a Polícia Militar (PM). Que resultou na morte de três pessoas da comunide de Antares. Segundo a PM, as três vítimas teriam ligação com o tráfico de drogas.

Nesta madrugada de domingo, três ônibus da Auto Viação Palmares, dois da linha 840 (São Fernando X Campo Grande). E um da 849 (Base Aérea de Santa Cruz x Campo Grande) - e um veículo da Transportes Barra, linha 756 (Santa Cruz X Coelho Neto), foram incendiados na Avenida Antares, em Santa Cruz. Os veículos seguiam para seus respectivos pontos finais para entrar em operação.

Fetranspor

De acordo com a Fetranspor, o prejuízo do setor ultrapassa R$ 47 milhões desde janeiro de 2016, recursos que poderiam ser investidos em melhorias no sistema. A entidade aponta que, como não há seguro para esse tipo de sinistro, as empresas absorvem todo o custo de reposição.

Diante dos graves efeitos do desequilíbrio econômico-financeiro das empresas do Rio com a não concessão do reajuste da tarifa. Somada à crise financeira que reduz o número de passageiros e à recente escalada de ataques criminosos aos ônibus no Estado do Rio. Não há viabilidade para a reposição dos veículos destruídos. Em seis meses, um ônibus transporta, em média, 70 mil passageiros – diz a nota.

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