O ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro, admitiu que se não surgir um terceiro candidato à presidência da Câmara, os dois candidatos da base governista, Aldo Rebelo (PC do B - SP) e Arlindo Chinaglia (PT -SP), poderão continuar na disputa.
Tarso se reuniu nesta segunda-feira à noite com presidentes e representantes de 11 partidos aliados para discutir as candidaturas.
- Houve também um consenso na reunião que, no limite, a base pode civilizadamente ter dois candidatos, sem que haja nenhum tipo de ruptura nas relações políticas que estamos estabelecendo. Devemos estar atentos para o surgimento de uma eventual terceira candidatura que polarize, desestabilizar a previsibilidade do processo -, disse Genro aos jornalistas.
No entanto, o ministro teme que um terceiro candidato provoque divisão dos votos da base aliada e signifique a "síndrome Severino", em referência à vitória de do ex-deputado Severino Cavalcanti, em 2005, que ganhou dos dois candidatos governistas.
- Se tiver um terceiro candidato pode ocorrer a síndrome Severino, não é um ataque pessoal ao Severino. Estou dizendo que a forma como ele foi eleito determinou uma profunda instabilidade interna na instituição e na relação do Executivo com o Legislativo -, afirmou.
Tarso Genro disse que um nome de consenso ainda não existe e negou que o governo esteja negociando ministérios para que os aliados decidam quem vão apoiar.
- Eu não tenho poder para negociar ministério -, ressaltou.
Indagado se o Palácio do Planalto não estaria interferindo na eleição do Legislativo, Tarso respondeu que o Executivo terá de manifestar opinião acerca de um nome.
Tarso admite que Aldo e Chinaglia poderão continuar na disputa
Terça, 09 de Janeiro de 2007 às 13:49, por: CdB