Suprema Corte rejeita recurso de pais de Schiavo

A Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitou um recurso para recolocar a sonda que alimentava Terri Schiavo, uma americana vitima de paralisia cerebral aguda e que está há 15 anos vivendo em estado vegetativo.

O pedido para religar a sonda havia sido feito pelos pais de Schiavo, Bob e Mary Schindler, que vêm tentando sem sucesso uma série de recursos na Justiça para prolongar a vida da filha.

A sonda foi removida na sexta-feira passada depois que o marido e guardião legal da paciente, Michael Schiavo, obteve uma vitória judicial no estado da Flórida.

Michael Schiavo, que constituiu uma outra família nos últimos anos, diz que Terri não gostaria de viver nessas condições.

Bob e Mary Schindler, que travam uma luta judicial com o genro há sete anos, dizem que não há provas de que essa seria a vontade da filha e alegam que a remoção do tubo viola os direitos constitucionais dela.

O recurso também é baseado na interpretação de que o tubo deveria ter sido reconectado, pelo menos temporariamente, enquanto o caso estivesse sendo revisto, como ordenou uma lei extraordinária aprovada no fim de semana passado.

Política

Na frente política, o governador da Flórida, Jeb Bush, está buscando maneiras de colocar Terri Schiavo sob custódia protetora.

Jeb Bush disse que Schiavo pode estar em um estado que ele chamou de consciência mínima.
Médicos estimam que, sem a sonda de alimentação, Terri Schiavo deve morrer em uma ou duas semanas.

Eles dizem ainda que o cérebro de Schiavo está gravemente lesado desde a parada cardíaca que a colocou nessa condição em 1990 e que a chance dela se recuperar é virtualmente nula.

Mas os pais dizem que Schiavo reage a estímulos e tem chances de se recuperar, e por isso têm recorrido à Justiça e ao Congresso para impedir que a decisão do marido prevaleça.

Há dois anos, Schiavo sobreviveu por seis dias quando os tubos foram retirados, numa disputa judicial semelhante, até que fossem recolocados depois da intervenção de políticos da Flórida, Estado da paciente.

O caso vem dividindo a opinião pública americana.