O grupo reclama do custo elevado para o uso do transporte coletivo e afirma que o reajuste deve aumentar o número de pessoas que não conseguem pagar a passagem
Por Redação, Brasil 247 - de São Paulo:
O Movimento Passe Livre (MPL) marcou um protesto para o dia 11 de janeiro contra o aumento da tarifa do ônibus, metrô e CPTM em São Paulo, de R$ 3,80 para R$ 4. O grupo reclama do custo elevado para o uso do transporte coletivo e afirma que o reajuste deve aumentar o número de pessoas que não conseguem pagar a passagem.
A concentração do ato deve acontecer em frente ao Theatro Municipal, no centro de São Paulo, às 17h do dia 11, uma quinta-feira.
– Doria e Alckmin esperavam um início de ano tranquilo? Vai ter luta na cidade! – afirma o MPL, no Facebook. “Movimentar-se pela cidade, algo pelo qual não deveríamos ter que pagar, agora vai custar R$ 4; e para quem pega metrô e ônibus, vai para R$ 6. Nas linhas do EMTU, mais ainda!”, reclama o grupo.
O MPL critica também o aumento da integração das passagens de ônibus e metrô/ CPTM registrado neste ano, apesar de o prefeito ter prometido que não aumentaria o valor da tarifa do ônibus, que se manteve em R$ 3,80 em 2017.
Em 2013, o MPL protagonizou as jornadas de junho, que levaram milhares de pessoas às ruas contra o aumento da tarifa e, posteriormente, contra a má qualidade dos serviços públicos, entre outras pautas.
Prefeitura
De acordo com a nota conjunta emitida pela prefeitura e o governo do Estado, a elevação em 5,26% na tarifa básica está abaixo da inflação acumulada desde o último reajuste; em janeiro de 2016, e é necessária para “adequar a receita ao custo dos sistemas”.
Conforme a explicação, nos últimos dois anos, o índice inflacionário com base no IPC-Fipe alcançou 8,36%. Caso fosse aplicada toda a inflação do período; o transporte passaria a custar R$ 4,12 aos usuários”, diz o texto.
A nova tarifa de R$ 4 passa a valer para o metrô, os trens da CPTM e os ônibus municipais (SPTrans).
As demais tarifas são: integração ônibus + trens (Metrô/CPTM); que aumentou de R$ 6,8 para R$ 6,96 (aumento de 2,35%); bilhete diário comum (24 horas), de R$ 15 para R$ 15,3 (+2%); bilhete diário integrado (24 horas), de R$ 20 para R$ 20,5 (+2,5%); bilhete mensal comum: de R$ 190 para R$ 194,3 (+2,26%); e bilhete mensal integrado, de R$ 300 para R$ 307 (+2,33%).
Acima da inflação
Em abril de 2017, apesar de a tarifa básica do transporte não ter sido elevada (permaneceu em R$ 3,8); os demais preços de passagem já haviam sofrido aumentos expressivos: a integração subiu de R$ 5,92 para R$ 6,8 (elevação de 14,8%); o bilhete diário comum (24 horas) aumentou de R$ 10 para R$ 15 (+50%); o bilhete diário integrado (24 horas) foi elevado de R$ 16 para R$ 20 (+33%); o bilhete mensal comum subiu de R$ 140 para R$ 190 (+35,7%); e o bilhete mensal integrado aumentou de R$ 230 para R$ 300 (+30,4%).