Cerca de 200 soldados da Etiópia foram vistos nesta terça-feira deixando a capital da Somália, Mogadíscio, quatro semanas depois de terem cruzado a fronteira para ajudar tropas do governo a derrotarem uma milícia islâmica.
- Começando hoje, vamos retirar nossas forças de Mogadíscio -, disse o general etíope Suem Hagoss em uma cerimônia onde os líderes de milícia entregaram as armas.
O primeiro-ministro da Etiópia, Meles Zenawi, disse que a retirada iria acontecer em três fases. A União Africana está tentando estabelecer uma força de paz para substituir os soldados etíopes, mas até agora apenas Uganda e o Malaui afirmaram que iriam enviar soldados para a Somália.
O general Hagoss afirmou que as forças etíopes estão reduzindo o número de soldados no país, mas não especificou quantos soldados irão se retirar antes que as forças de paz da União Africana sejam enviadas.
- O heróico Exército da Etiópia apoio o governo de transição para restaurar a normalidade ao país depois de 16 anos de violência -, disse o vice-premiê somali Hussein Mohamed Aidid.
Mas o primeiro-ministro somali, Mohammed Ali Ghedi, negou que os etíopes iniciaram a retirada da Somália, afirmando que eles ficariam no país até que os soldados da União Africana consigam chegar ao país.
Integrantes da União das Cortes Islâmicas (UCI), que tinham tomado o controle de grande parte do sul da Somália, foram expulsos da capital Mogadíscio no mês passado, com ajuda das forças etíopes.
Soldados etíopes começam a deixar a capital da Somália
Terça, 23 de Janeiro de 2007 às 18:44, por: CdB