O soldado norte-americano que confessou ter participado do estupro de uma iraquiana de 14 anos e da morte da menina e de sua família foi sentenciado a um século de pena numa prisão militar, divulgou o Exército dos EUA, nesta sexta-feira. O sargento Paul Cortez, de 24 anos, também recebeu baixa desonrosa do Exército, como parte de um acordo com os promotores, feito antes da corte marcial que durou três dias, segundo um porta-voz militar.
O acordo, aceito na quarta-feira pela corte, impedia que o californiano Cortez fosse condenado à morte. O juiz militar, coronel Stephen R. Henley, considerou Cortez culpado por conspiração para a prática de estupro, homicídio (quatro acusações), estupro, violação de domicílio e violação da ordem geral.
Também como parte do acordo, ele aceitou depor contra três outros réus do caso.
Durante o julgamento, Cortez se mostrou emotivo ao lembrar como ele e seus companheiros estavam bebendo uísque e jogando baralho quando tiveram a idéia de atacar uma família de Mahmudiya (ao sul de Bagdá), em março de 2006, porque queriam fazer sexo com uma iraquiana. O grupo jogou querosene no corpo da menina e ateou fogo na tentativa de acobertar o crime.
Dois outros soldados, Jesse Spielman e Bryan Howard, são réus no caso.