Rio de Janeiro, 16 de Dezembro de 2025

Secretaria de Segurança mantém chefes do tráficos isolados

Sexta, 29 de Dezembro de 2006 às 19:39, por: CdB

A polícia mantém o cerco às áreas controladas pelo tráfico de drogas e alguns presos, suspeitos de ordenar os ataques de dentro de presídios, foram isolados. A polícia informou que o Disque-denúncia recebeu 146 ligações sobre as ações criminosas que aterrorizaram o Rio de Janeiro. As denúncias começaram a chegar um dia antes da série de ataques.

Segundo um documento da Secretaria de Segurança, a ação teria sido praticada por traficantes como uma espécie de protesto contra o crescimento das milícias (grupos de policiais que cobram pela segurança dada a moradores de comunidades pobres) nas favelas cariocas.

A Secretaria de Administração Penitenciária decidiu isolar seis chefes de duas facções criminosas, numa mesma galeria, no presídio de segurança máxima Bangu I. Entre eles estão: Marcinho VP, Elias Maluco e Isaías, do Borel. Investigações apontam a participação deles no planejamento dos ataques dos últimos dois dias. Para a Secretaria, o fato de não ter havido briga demonstra a união dos grupos e seria mais uma prova de que os ataques resultaram de uma ação conjunta.

A Secretaria também encaminhou à vara de execuções penais um pedido para que os seis sejam incluídos no regime disciplinar diferenciado, que prevê corte de visitas, de banhos de sol e controle rigoroso da comunicação.

Sete suspeitos de envolvimentos com as ações criminosas estão presos. A polícia procura pelo traficante identificado como Mineiro, da Cidade Alta, no subúrbio, que teria comandado o ataque ao ônibus em que sete pessoas morreram. O ônibus, que ia do Espírito santo para São Paulo, foi queimado por traficantes.

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