O novo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, disse nesta segunda-feira que irá pedir ajuda imediata à Força Nacional de Segurança. Ele disse que irá tratar do assunto amanhã com o secretário nacional de Segurança Pública. Cabral disse que a situação está mais calma, mas a proximidade dos jogos Pan-Americanos e a Cúpula do Mercosul, que serão realizados na cidade, traz a necessidade de um reforço imediato.
- Acho importante que a Força Nacional já esteja no Rio em Janeiro para fazer seus exercícios e dar segurança à população - disse o governador eleito.
Ele defendeu parcerias do governo do Estado com o governo federal e revelou ter falado rapidamente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a situação da segurança no Rio quando o encontrou na cerimônia de posse em Brasília.
O presidente Lula disse no dia 30 de dezembro que, apesar de oferecer reforço da Força Nacional de Segurança para conter a onda de violência vivida pelo Rio de Janeiro nos últimos dois dias, o governo federal não vai "se intrometer" na situação do estado.
- Nós não queremos e não vamos nos intrometer. O que podemos fazer, e estamos fazendo, é oferecer aquilo que o governo federal pode oferecer à nível de inteligência, de segurança - disse.
Os ataques à ônibus, delegacias e cabines da Polícia Militar começaram na madrugada do dia 28 de dezembro. Até agora, 19 pessoas morreram nos ataques ou em confrontos com a polícia. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do estado, os atentados criminosos foram motivados por facções criminosas dentro dos presídios que temem mudanças na política carcerária com a mudança do governo de Rosinha Matheus para o de Sérgio Cabral, eleito em novembro.
Lula ainda falou que a relação do governo federal com o governador eleito do estado, Sérgio Cabral (PMDB), possivelmente será "a melhor relação desde que existe o governo federal, desde que existe o Rio de Janeiro".