Rio de Janeiro, 31 de Dezembro de 2025

Rio: corte de verba de escolas de samba não é fim do apoio oficial

A Empresa Municipal de Turismo do Rio de Janeiro (Riotur) informou nesta sexta-feira que o corte de parte das verbas destinadas às escolas de samba do Grupo

Sexta, 16 de Junho de 2017 às 10:34, por: CdB

Ainda de acordo com a Riotur, há estudos para viabilizar a captação de investimentos da iniciativa privada pelas escolas de samba

Por Redácão, com ABr - do Rio de Janeiro:

A Empresa Municipal de Turismo do Rio de Janeiro (Riotur) informou nesta sexta-feira que o corte de parte das verbas destinadas às escolas de samba do Grupo Especial não significa o fim do apoio da prefeitura aos desfiles, que são o principal espetáculo do carnaval carioca. Segundo a empresa, os repasses da prefeitura para as escolas em 2018 deve chegar a R$ 13 milhões.

carnaval.jpg
Desfile da escola de samba Portela, pelo grupo especial, no Sambódromo

De acordo com a Riotur, a medida foi tomada devido a limitações orçamentárias que a prefeitura divulgou no início do ano e, diante desse cenário, é necessário dar prioridade à educação e à alimentação nas creches. A Riotur informou ainda que a prefeitura reconhece "a importância da maior festa popular do mundo, que faz da cidade do Rio um dos principais destinos turísticos no período, gerando emprego e renda para a população".

Ainda de acordo com a Riotur, há estudos para viabilizar a captação de investimentos da iniciativa privada pelas escolas de samba. Em nota, a empresa disse que o repasse de recursos às escolas de samba não é único investimento da prefeitura para o carnaval. Já que o município tem um gasto anual grande com a manutenção da estrutura do Sambódromo.

Apenas para pagar a iluminação dos desfiles em 2017. Por exemplo, a prefeitura teria pago R$ 655 mil. "Finalizando, não existe motivo para polêmica. O carnaval do Rio está garantido. E vai continuar sendo o maior espetáculo do planeta", acrescenta a nota.

Liesa 

As escolas de samba do Grupo Especial da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) divulgou uma nota no final da noite de quarta-feira, no Facebook da liga. Em que decide que não haverá desfiles das escolas do grupo especial do Rio de Janeiro no carnaval de 2018. Após a decisão do prefeito do Rio, Marcelo Crivella, de cortar pela metade os recursos da subvenção destinados às escolas de samba.

A decisão da Liesa foi tomada durante uma reunião na sede da entidade com a participação de presidentes das escolas de samba. Segundo a nota, presidentes das escolas de samba e a Liesa  aguardam o agendamento de uma audiência já solicitada para tentar “encontrar uma solução para o problema”.

Na nota, a Liesa destaca os “benefícios econômicos, financeiros, de geração e renda. Além da valorização da imagem da cidade do Rio de Janeiro e do Brasil”. E o aumento substancial da arrecadação de impostos. E receitas diretas e indiretas “proporcionadas durante o período de preparação e realização dos desfiles carnavalescos”.

Recursos

Segundo a Liesa, o corte de 50% dos recursos “trará graves consequências para produção do espetáculo”. Tornará os desfiles inviáveis de serem feitos com a mesma qualidade com que estavam sendo produzidos.  A entidade também destacou que Crivella, enquanto candidato, visitou a sede da Liesa. Ele firmou um compromisso de manter o subsídio aos desfiles. Com perspectiva de aumentar os recursos.

Prefeitura

A prefeitura do Rio divulgou, na segunda-feira. A decisão do corte e informou que os recursos destinados às escolas de samba seriam transferidos para aumentar o repasse de manutenção de creches conveniadas com o município. De acordo com a prefeitura, as agremiações receberam cerca de R$ 24 milhões para os desfiles de 2017. Agora, 50% do valor serão revertidos para melhorar a alimentação e o material escolar das crianças.

Quando a decisão foi divulgada. A prefeitura garantiu que o remanejamento não significa que as escolas de samba ficariam sem recursos. A ideia oficial é fazer investimentos diretamente nas agremiações. Por meio do Conselho de Turismo com a utilização de um fundo setorial ou por cadernos de encargos.

Tags:
Edições digital e impressa