A empresa apresentou uma queixa criminal junto a promotores italianos em abril, acusando diversos ex-executivos e outros funcionários de conduta ilegal
Por Redação, com Reuters - de Londres:
O órgão regulador de governança corporativa do Reino Unido (FRC) informou nesta quinta-feira que investigará as auditorias no maior grupo de telecomunicações da Grã-Bretanha, a BT, conduzidas pela Pricewaterhouse Coopers (PwC) para o período de 2015 a 2017, após um escândalo contábil nas operações italianas da companhia.
Em janeiro, a BT perdeu cerca de 20 % do seu valor de mercado, após a descoberta de complexo escândalo. Envolvendo seus negócios na Itália. O que resultou em uma baixa contábil de 530 milhões de libras.
A empresa apresentou uma queixa criminal junto a promotores italianos em abril. Acusando diversos ex-executivos e outros funcionários de conduta ilegal.
Os funcionários atuais e os anteriores disseram que práticas para distorcer o real desempenho financeiro da unidade italiana da BT vinham sendo adotadas pelo menos desde 2013.
A PwC informou que seguirá cooperando completamente com as autoridades regulatórias do Reino Unido nas investigações. Acrescentando que o FRC tinha o dever de averiguar o que acreditava ser de interesse público. De modo a dar confiança aos mercados financeiros.
– Qualidade de auditoria é de suma importância para a empresa – afirmou o porta-voz. "As revisões anuais do FRC de nosso trabalho de auditoria mostram uma contínua tendência de melhoria em nosso trabalho e usamos as visões do FRC, junto com nossas próprias avaliações, para continuar aprimorando como entregamos autoria de alta qualidade", completou o porta-voz da PwC.
Rupert Murdoch
O Reino Unido pretende sujeitar a oferta de Rupert Murdoch pelo grupo de televisão por assinatura europeu Sky a uma investigação demorada e minuciosa depois de ter descoberto que o negócio de US$ 14,8 bilhões cria o risco de dar ao magnata de mídia um poder excessivo sobre a pauta do noticiário.
A secretária britânica de Mídia, Karen Bradley, disse estar convencida de que a oferta da Twenty-First Century Fox poderia dar à família Murdoch influência demais sobre a mídia depois que a agência reguladora Ofcom avaliou o impacto do negócio.
– A entidade proposta teria o terceiro maior alcance total de qualquer provedor de notícias. Só menor do que da BBC e da ITN. E iria, de forma única, abarcar a cobertura de notícias na televisão, no rádio, em jornais e online – argumentou Bradley.
Murdoch, de 86 anos, e sua família cobiçam há tempos o controle total da Sky. Apesar dos danos causados por uma tentativa anterior de 2011. Quando seu negócio de jornais britânico foi envolvido em um escândalo de grampos telefônicos que os forçou a desistir da compra.
Inquérito
Um inquérito público sobre o caso revelou laços profundos entre Murdoch e o establishment político. O que tornou a nova oferta potencialmente tóxica para o governo da primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, que luta pela sobrevivência desde que perdeu sua maioria parlamentar.
Bradley pediu à agência reguladora para examine se a Fox teria controle demais sobre a mídia. E se estaria empenhada em respeitar os padrões de transmissão se fosse autorizada a comprar a empresa de satélites que transmite no Reino Unido, na Irlanda, Alemanha, Áustria e Itália.
A Fox se disse decepcionada com a rejeição governamental de seus planos de manter a independência editorial da Sky News. Disse que uma investigação completa poderia adiar a finalização do acordo para junho próximo.
– Vamos continuar a trabalhar construtivamente com as autoridades britânicas – disse o canal.