Dois reatores da usina nuclear de Hanul, na Coreia do Sul, tiveram que ser desligados devido a uma invasão de salpas. Os organismos marinhos gelatinosos que se parecem com águas-vivas obstruíram os sistemas de água usados para resfriar os reatores, relata a agência Bloomberg.
Por Redação, com Sputnik - de Seul
Comuns nos oceanos, esses organismos transparentes que parecem feitos de cristal geralmente se multiplicam em junho. Este ano, no entanto, a população aumentou em março devido às correntes mais quentes do que o habitual para esse período.
Dois reatores da usina nuclear de Hanul, na Coreia do Sul, tiveram que ser desligados na terça-feira devido a uma invasão de salpas. Os organismos marinhos gelatinosos que se parecem com águas-vivas obstruíram os sistemas de água usados para resfriar os reatores, relata a agência Bloomberg.
As salpas geralmente medem menos de dez centímetros de comprimento, mas essas pequenas criaturas estão se tornando uma grande praga para a indústria nuclear da Coreia do Sul. Esta é a segunda vez em menos de três semanas que unidades da usina nuclear foram desligadas devido às salpas. Os reatores, cada um com capacidade de 950 megawatts, ficaram fora do ar por cerca de uma semana no final de março.
As salpas podem se ligar em cadeias de vários metros de comprimento e esses organismos normalmente aumentam em número em junho, mas isso parece ter acontecido em março deste ano devido a correntes quentes que chegaram mais cedo, disse Yu Ok Hwan, vice-diretor do Instituto Coreano de Ciência e Tecnologia do Oceano.
Mudanças climáticas provavelmente estão aumentando este problema - reatores nucleares parados por causa de salpas semelhantes a águas-vivas.