Putin disse ainda que agentes de segurança não devem correr nenhum risco com suas próprias vidas se confrontados por suspeitos de serem terroristas
Por Redação, com Reuters e Sputnik - de Moscou:
O presidente russo, Vladimir Putin, disse que uma explosão em um supermercado de São Petersburgo na quarta-feira foi um ato de terrorismo, e que agentes de segurança cujas vidas forem ameaçadas por suspeitos terroristas devem atirar para matar, se necessário.
Putin se pronunciou nesta quinta-feira durante cerimônia de premiação no Kremlin para russos que serviram na Síria.
– Você sabe que ontem, em São Petersburgo, um ato terrorista foi conduzido – disse Putin ao público; se referindo à explosão que deixou 13 clientes feridos em um supermercado.
Investigadores abriram um inquérito sobre a explosão de quarta-feira; que disseram ter sido causada por uma bomba caseira feita com pedaços de metal.
Relatos da mídia russa disseram que a bomba estava escondida em um guarda-volumes onde clientes deixam seus pertences.
Putin disse ainda que agentes de segurança não devem correr nenhum risco com suas próprias vidas se confrontados por suspeitos de serem terroristas.
– Eu, ontem, ordenei que o diretor do FSB (Serviço Federal de Segurança da Rússia) agisse dentro do âmbito legal quando detendo esses bandidos, claro. Mas se há uma ameaça à vida e bem-estar de nossos funcionários... ajam decisivamente; não façam nenhum prisioneiro e liquidem os criminosos no local.
Afirmações de Erdogan sobre Assad ser terrorista
A representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova; comentou a afirmação do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan; de quarta-feira, qualificando seu homólogo sírio, Bashar Assad, como terrorista.
Maria Zakharova afirmou nesta quinta-feira; durante um briefing, que os representantes do governo sírio são integrantes da ONU; e representam seu governo no Conselho de Segurança da ONU; fazendo com que"estas palavras até mesmo sem avaliações e argumentos adicionais não possuam nenhuma base legal".
Em 27 de dezembro, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, declarou durante coletiva de imprensa, transmitida pela TV, com seu homólogo tunisiano, Beji Caid Essebsi que o presidente sírio "definitivamente é um terrorista que protagoniza o terrorismo estatal", acrescentando que "é impossível continuar com Assad", acusando o líder da Síria de ter matado aproximadamente um milhão de seus cidadãos.
O ministro das Relações Exteriores sírio respondeu às acusações no dia seguinte; afirmando que Erdogan enganou a opinião pública da Turquia ao declarar que Assad deveria deixar seu cargo; acrescentando que a política de Ancara "leva a consequências catastróficas" para os dois países.
Apesar de Rússia e Turquia serem mediadores no processo de negociações de paz na Síria; os países têm visões diferentes quanto à posição do presidente sírio.
Enquanto Moscou insiste que Assad continue sendo o presidente legítimo; frisando que o futuro da Síria deve ser decidido pelo próprio país; Ancara vem declarando que o presidente sírio deve deixar seu cargo.
Por sua vez, Assad se recusou a considerar Ancara como seu parceiro ou país garantidor por acreditar que a Turquia apoie o terrorismo.