Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2024

Protestos contra a ‘PEC da Morte’ se intensificam por todo o país

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Terça, 25 de Outubro de 2016 às 11:07, por: CdB

A 'PEC da Morte' limita as despesas primárias do governo federal (aquelas não destinadas ao pagamento de juros), pelos próximos 20 anos

 

Por Redação, com ABr e correspondentes - de Porto Alegre e Rio de Janeiro

 

Os protestos contra a Proposta de Emenda à Constituição 241, conhecida como ‘PEC da Morte’, aumentaram na manhã desta terça-feira. Em todo o país, organizações políticas e civis mobilizaram manifestantes para ocupar as ruas das principais cidades do país. No Rio de Janeiro, o Centro da Cidade foi ocupado por militantes das várias correntes de esquerda.

Assista ao vídeo da manifestação:

A PEC limita as despesas primárias do governo federal (aquelas não destinadas ao pagamento de juros), pelos próximos 20 anos. Remete o Orçamento da União ao valor gasto no ano anterior corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Calcula do período de junho do ano retrasado a julho do ano anterior. A medida significa, na prática, o encerramento da maior parte dos programas sociais em curso no país.

Gás lacrimogênio

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Em Porto Alegre, manifestantes contra a 'PEC da Morte' foram reprimidos com bombas de gás lacrimogênio

Na noite passada, em Porto Alegre, a Brigada Militar dissolveu com bombas de gás, em plena Avenida Osvaldo Aranha, a manifestação contra a PEC 241 que reuniu mais de 4 mil pessoas. As bombas atingiram inclusive a reitoria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Organizada pela Frente Povo Sem Medo, pelo Comitê das Escolas Independentes e pelo coletivo Ocupa Tudo Brasil, a manifestação protestou contra a proposta que prevê congelar por até vinte anos os investimentos em saúde, educação e outros serviços públicos. A caminhada que partiu da Esquina Democrática, percorreu a Júlio de Castilhos, o Túnel da Conceição, Sarmento Leite, João Pessoa, Venâncio Aires e início da Osvaldo Aranha, sem nenhum incidente. Os organizadores do ato prepararam inclusive um esquema especial de segurança para evitar que containers de lixo fossem virados durante a caminhada.

Brigada militar

No início, a Brigada Militar acompanhou de forma discreta a manifestação. Atuava com um grupo de quatro homens que iam passando informações por rádio sobre o roteiro da caminhada. Na linha de frente da marcha, a organização do ato cuidava para que a manifestação prosseguisse sem violência. Na entrada do túnel da Conceição, surgiu a primeira aparição ostensiva de um pelotão de choque da Brigada. Foram se posicionado na avenida Independência.

Nada, até ali, indicava que a manifestação terminaria de modo violento. Os organizadores do ato tiveram o cuidado de pedir silêncio a todos durante a passagem da marcha ao lado da Santa Casa. O pedido foi atendido e os tambores e palavras de ordem silenciaram na saía do túnel.

Mas, à medida que a caminhada foi prosseguindo, o clima de tensão foi aumentando. Na avenida João Pessoa, um pelotão da cavalaria da Brigada posicionou-se em frente à sede do PMDB. Os organizadores do ato orientaram os manifestantes para que não praticassem nenhum ato contra o prédio.

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