Rio de Janeiro, 30 de Dezembro de 2025

Polícia prende três suspeitos de matarem franceses no RJ

Terça, 27 de Fevereiro de 2007 às 17:41, por: CdB

Os três suspeitos de matarem três franceses nesta terça-feira já estão presos. Segundo o delegado Marcus Castro, Társio Wilson Ramirez, funcionário da organização não-governamental em que os estrangeiros trabalhavam, teria confessado que foi o mandante do crime. Ele teria pago R$ 2 mil a dois homens para matar as vítimas e encobrir um desvio nas contas da ONG que ultrapassaria R$ 80 mil.
 
A polícia prendeu o terceiro suspeito nesta tarde, identificado como José Michel Gonçalves Cardoso, de 25 anos. Primeiro a ser preso, Társio, de 25 anos, foi surpreendido quando saía do prédio da Rua Ronald Carvalho, também em Copacabana. Ele estava ferido e carregava um pequeno cofre na mochila. O suspeito está há 10 anos na ONG Terr'Ativa, organização com base em Copacabana e ações em Quintino, no subúrbio do Rio, e que era dirigida pelos estrangeiros. O casal de franceses trabalhava no terceiro andar e morava no nono andar do mesmo edifício.

O segundo suspeito foi preso no Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, Zona Oeste do Rio. Luis Gonzaga Gonçalves Oliveira, que teria confessado o crime, foi descoberto porque deixou um documento no local onde os corpos foram encontrados, além de ter sido identificado pelos funcionários do hospital como o suspeito.

Os três suspeitos da morte dos franceses argumentaram em depoimento à polícia que queriam apenas "dar um susto". Társio admitiu que já havia desviado dinheiro, mas afirmou que Delphine estaria sonegando impostos para conseguir dinheiro e pagar dívidas.
 
O suspeito explicou também que chamou José Michel e Luis Gonzaga para ameaçar os três franceses porque Delphine estaria tentando pôr a culpa nele. Segundo Társio, ela tinha planos para voltar para a França e deixá-lo como responsável pelo rombo nas contas.

Társio, José Michel  e Luis Gonzaga vão responder por triplo homicídio qualificado com agravantes: motivo torpe, o crime foi de encomenda, com  dificuldade de defesa das vítimas, crueldade e tentativa de ocultação de outro crime (desvio de dinheiro). Se condenados, eles podem pegar de 12 a 30 anos de prisão.

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