Rio de Janeiro, 29 de Dezembro de 2025

Polícia e MP fazem operação para prender suspeitos de tráfico no Rio

Policiais militares e integrantes do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual (MPE) fizeram nesta quinta-feira

Quinta, 06 de Julho de 2017 às 08:45, por: CdB

Segundo informações da Polícia Militar, a Operação Estado Paralelo, que ainda envolve a Secretaria de Administração Penitenciária

Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro:

Policiais militares e integrantes do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual (MPE) fizeram nesta quinta-feira uma operação para cumprir 31 mandados de prisão. Os alvos são suspeitos de envolvimento com a venda de drogas na cidade do Rio de Janeiro e na Baixada Fluminense.

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A ação foram feita em 16 comunidades do Grande Rio

Segundo informações da Polícia Militar, a Operação Estado Paralelo, que ainda envolve a Secretaria de Administração Penitenciária, também busca cumprir 130 mandados de busca e apreensão.

A ação foram feita em 16 comunidades do Grande Rio.

Morte de menina em favela

A falta de planejamento de operação policial levou à morte da menina Vanessa Vitória dos Santos, de 10 anos, baleada na terça, em tiroteio entre PMs e traficantes, no Complexo do Lins. A hipótese foi levantada por parentes dela, que foram recebidos, na quarta-feira, pelo secretário estadual de Direitos Humanos, Átila Nunes.

– O entendimento nosso é que determinadas operações acabam se mostrando equivocadas. Pelo relato deles [da família] não foi uma operação planejada. Foi uma ação isolada, partindo de quem estava ali na ponta. Não me pareceu que foi uma operação planejada. Uma coisa é o decidido na cúpula da Secretaria de Segurança. Agora, ao chegar lá na ponta, em quem está trabalhando em situação de total estresse, é lógico que pode haver falhas. E quando um policial está dentro de uma comunidade, o erro dele pode ser a vida de uma criança – disse Átila.

O secretário de Direitos Humanos considerou inaceitável o episódio da morte de Vanessa, baleada dentro de sua casa, invadida por um PM que se protegia do tiroteio. Ele recebeu o pai da vítima, Leandro Monteiro, e a tia da garota, Tatiana Lopes.

– O episódio da menina Vanessa certamente não nos parece aceitável. Não se pode entrar dentro da residência de uma pessoa sem ordem judicial. Uma casa em uma favela é uma residência como em qualquer bairro do Rio de Janeiro. A casa foi invadida, na prática, em uma troca de tiros. E obviamente isso não pode ser aceito. Entendemos que houve ali um procedimento completamente equivocado – disse Átila.

Durante o tiroteio, o subcomandante da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) foi ferido no ombro. Os policiais alegam que foram recebidos a tiros, quando faziam patrulhamento na comunidade.

Secretaria de Segurança

O secretário estadual de Segurança, Roberto Sá, manifestou-se em nota e determinou que as polícias do Estado, notadamente a Polícia Militar, que detém a atribuição do policiamento ostensivo, revejam procedimentos. Aperfeiçoando suas normas internas sobre operações. Tanto planejadas quanto emergenciais.

– A preservação da vida e da dignidade humana, bem como a valorização profissional e a ação qualificada, são parte do planejamento estratégico da Secretaria de Segurança – disse Sá.

Segundo o secretário de Segurança, a política nunca foi a do confronto. Porém ele disse que a polícia do Rio apreende 8 mil armas de fogo por ano, aproximadamente 24 por dia. “Uma política nacional de segurança eficaz passa prioritariamente pelo combate ao uso, comércio ilegal e o tráfico de armas de fogo de uso restrito, principalmente os fuzis”, disse Sá.

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