Rio de Janeiro, 20 de Dezembro de 2025

PM paulista usa munição letal ao invadir escola do MST

Na manhã desta sexta-feira, a Polícia Civil do Paraná e a Polícia Militar de São Paulo invadiram a Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), em Guararema (SP)

Sexta, 04 de Novembro de 2016 às 11:42, por: CdB

Em nota publicada no site, o MST disse “repudiar” a ação da Polícia de São Paulo e “exige que o governo tome as medidas cabíveis nesse processo"

Por Redação, com RBA - de São Paulo:

Na manhã desta sexta-feira, a Polícia Civil do Paraná e a Polícia Militar de São Paulo invadiram a Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), em Guararema (SP). Mesmo sem mandado de busca e apreensão.

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Os policiais chegaram na escola por volta das 9h25, cercaram o local e pularam a janela da recepção dando tiros para o ar

Os policiais dispararam contra as pessoas na recepção da unidade. Eleprenderam dois militantes. Segundo relatos, o cerco foi feito por 10 viaturas e os policiais não estão identificados.

Os policiais chegaram na escola por volta das 9h25. Cercaram o local e pularam a janela da recepção dando tiros para o ar. Os estilhaços, que acertaram uma mulher, eram de balas letais e não de borracha.

Violência

– Trata-se de abuso de autoridade, uma violência desnecessária, ilegal – afirmou Giane Alves, advogada do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Segundo Giane, os policiais não informam o motivo da invasão. “Desconfiamos que esteja relacionado com operações que estão acontecendo do Paraná. Mas não sabemos quem eles estão procurando”, disse.

MST

Em nota publicada no site, o MST disse “repudiar” a ação da Polícia de São Paulo e “exige que o governo tome as medidas cabíveis nesse processo". "Somos um Movimento que luta pela democratização do acesso a terra no país e não uma organização criminosa”, diz a nota.

Nas redes sociais, o ator Wagner Moura se manifestou: "Para quem tinha dúvidas de que vivemos um Estado de exceção..."

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