Os pais do casal francês morto a facadas na última terça-feira em Copacabana, zona sul do Rio, chegaram à cidade nesta sexta-feira. Eles não passaram pelo setor comum de desembarque do Aeroporto Internacional Tom Jobim. Segundo o consulado francês, os estrangeiros não pretendem falar com a imprensa.
O consulado francês afirmou que a família do casal Cristian e Delfine Doyér, decidiu levar os corpos para a França. Eles serão enterrados na cidade de Auch, no sudoeste do país. O corpo de Jeroume Four, o outro francês assassinado, será levado para a cidade de Lyon, também na França, mas a data ainda não foi definida.
Uma amiga da família está cuidando do filho de dois anos do casal, que deve ser entregue aos avós.
Os três franceses foram mortos a facadas na sede da ONG Terr´Activa, responsável por projetos de assistência a menores carentes. Társio Ramirez, Luis Oliveira Gonzaga e José Michel Cardoso, suspeitos de ter assassinado os estrangeiros, estão numa carceragem da Polinter e serão indiciados por triplo homicídio qualificado. De acordo com a polícia, eles são acusados de ter armado uma emboscada e agir por meios cruéis, sem chances de defesa por parte das vítimas.
Nesta sexta-feira, o contador da organização não governamental será ouvido pela polícia. O objetivo é tentar descobrir o total do rombo deixado por um dos assassinos que trabalhava na ONG.
O casal de franceses decidiu morar no Rio há 14 anos para ajudar crianças e adolescentes carentes. Um deles era o ex-menino de rua acusado de ter planejado o crime, Társio Ramirez, de 25 anos. Ele confessou para a polícia que desviou cerca de R$ 80 mil da ONG, e que o golpe tinha sido descoberto por Delphine e pelo contador dela.