Os suspeitos teriam viabilizado os empréstimos inserindo dados de maneira indevida no sistema da Caixa, como rendas fictícias, usando senhas de empregados do banco
Por Redação, com Reuters - de Brasília:
A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira operação para desarticular um grupo criminoso suspeito de desviar quase R$ 1 milhão da Caixa Econômica Federal em empréstimos fraudulentos, envolvendo a atuação de ex-prestadores de serviço do banco.
Como parte da chamada operação Inimigo Oculto, a PF cumpre 3 mandados de prisão temporária; 30 de condução coercitiva e buscas em 3 endereços residenciais em Brasília e no Estados do Pará e da Bahia; informou a polícia em comunicado.
O dinheiro teria sido desviado através da atuação de três ex-prestadoras de serviço da Caixa, alvos dos mandados de prisão; que possibilitaram a concessão fraudulenta de 46 empréstimos pessoais, em sua maioria para familiares e amigos, afirmou a PF.
Os suspeitos teriam viabilizado os empréstimos inserindo dados de maneira indevida no sistema da Caixa, como rendas fictícias; usando senhas de empregados do banco.
Os investigados
Com a concessão dos empréstimos, os investigados “efetuavam diversos saques e transferências, evitando que a Caixa, após identificar a fraude, bloqueasse os valores”, acrescentou a PF.
A Justiça Federal determinou o bloqueio de cerca de R$ 950 mil nas contas dos investigados, e a Polícia Federal afirmou que irá apurar se houve participação de funcionários da Caixa Econômica no esquema criminoso.
Fraude
A Polícia Federal deflagrou na última sexta-feira operação para desarticular grupo criminoso que roubava dinheiro de contas poupança da Caixa Econômica Federal com grandes saldos, falsificando documentos de clientes e contando com o apoio de ao menos um funcionário do banco, informou a PF em comunicado.
Como parte da chamada operação Duas Caras, cerca de 150 policiais cumpriram 23 mandados de busca e apreensão, 6 de prisão preventiva; 7 de prisão temporária, 6 de sequestro de bens e 1 de suspensão do exercício de função pública, nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Paraíba.
Os suspeitos, que incluem um funcionário ativo do banco, são acusados de crimes como furto e estelionato qualificado; peculato, uso de documento falso, falsificação de documento público e associação criminosa, segundo a PF.
O servidor suspeito
– O funcionário suspeito pesquisava e identificava contas poupança de clientes do banco com grandes saldos; e que não apresentava histórico de retiradas; repassando os dados dos clientes ao líder do grupo criminoso investigado – afirmou a Polícia Federal.
Com os dados roubados, os suspeitos se passavam pelos clientes; e informavam à Caixa a falsa perda do cartão bancário, requisitando um novo envio. Em seguida, retiravam os cartões em centros de distribuição dos Correios usando documentos falsos; e começavam uma série de saques nos caixas eletrônicos; compras e transferências, até que o dinheiro nas contas se esgotasse ou que o crime fosse descoberto, segundo a polícia.