Membros do Conselho dos Direitos Humanos elogiaram libertação de Prêmio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi, no ano passado, mas demonstraram preocupações com 'violações sistemáticas.'
Aung San Suu Kyi
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova York.
A situação dos direitos humanos em Mianmar, a antiga Birmânia, foi avaliada, nesta quinta-feira, pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra.
Numa sessão da Revisão Periódica Universal, o governo do país do sudeste asiático, foi responsabilizado pela detenção de mais de 2 mil presos políticos.
Alegações
Os membros do conselho elogiaram a libertação da ex-líder da oposição e ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi, em novembro passado.
Ela passou a maior parte dos últimos 20 anos em prisão domiciliar.
O órgão demonstrou preocupação com alegações de violações sistemáticas dos direitos humanos em Mianmar.
As denúncias incluem repressão política, ausência de tratamento para prisioneiros doentes e discriminação de minorias étnicas, no país habitado por 59 milhões de pessoas.
Escrutínio
O representante birmanês em Genebra, Wunna Maung Lwin, disse que a transição de sete anos para a democracia estava no bom caminho, tendo sido marcada pelo referendo sobre a Constituição de 2008, e pelas eleições legislativas de novembro passado.
Segundo ele, "mais de 77% dos eleitores votaram no processo que não registou fraude, violência nem atos de intimidação."
Segundo o representante, os membros do Parlamento birmanês que foram recentemente eleitos devem se reunir, nos próximos dias, para formar um novo governo, na última etapa do percurso para a transição democrática em Mianmar.