Os países que integram a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah, na sigla em inglês) manifestaram nesta segunda-feira seu apoio à manutenção do comando da missão pelo Brasil após a morte no fim de semana do general brasileiro Urano Bacellar, que comandava a operação, informou o Itamaraty. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, o substituto de Bacellar será o general José Elito Carvalho Siqueira.
Porta-voz do ministério afirmou que a vontade dos membros da Minustah foi expressa em uma teleconferência entre representantes dos países que integram a missão. De acordo com este porta-voz, os participantes da teleconferência também manifestaram desejo de que as eleições gerais do país sejam realizadas no dia 7 de fevereiro, com segundo turno em 19 de março e posse dos eleitos no dia 29 de março.
O comandante do Exército brasileiro, general Francisco Roberto de Albuquerque, fará uma visita, ainda sem data marcada, ao Haiti. O Itamaraty informou também que o corpo de Barcellar, 58, encontrado morto no quarto de hotel em que morava, na capital haitiana Porto Príncipe, será trasladado ao Brasil, onde chega nesta terça-feira, para os ritos legais até o funeral, marcado para esta quarta-feira, no Rio de Janeiro.
Barcellar comandava os 9 mil militares da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti desde agosto do ano passado, quando substituiu o general Augusto Heleno Pereira.