O Conselho de Ética da Ordem dos Advogados do Brasil de Minas Gerais instaurou, nesta quinta-feira, um processo para investigar o deputado federal de primeiro mandato Juvenil Alves (PT-MG) por suspeita de violação de conduta disciplinar. O parlamentar é advogado tributarista e foi indiciado pela Polícia Federal na Operação Castelhana por fraude, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio e evasão de divisas. O político mineiro, que chegou a ser preso pela PF durante a operação, foi indiciado como mentor e executor de um esquema de blindagem patrimonial de empresas devedoras de tributos, por meio de abertura de offshores, no Uruguai e na Espanha.
A OAB pediu à PF uma cópia do inquérito da Operação Castelhana para agilizar os trâmites no processo interno contra o advogado petista. Juvenil já foi notificado sobre a existência do procedimento, mas, como se trata de um processo regular,ainda será convocado pela OAB mineira para apresentar defesa. As penalidades previstas para esses casos, segundo a Ordem, vão desde advertência da entidade até suspensão e exclusão dos direitos ao exercício da advocacia, conforme o Estatuto da OAB e do Advogado. Por meio de sua assessoria, o deputado afirmou que não tem conhecimento do procedimento da OAB e voltou a negar as acusações. Os danos aos cofres públicos chegam a R$ 1 bilhão.