Metroviários protestam em SP

Um mês após o desabamento do canteiro de obras da Estação Pinheiros da Linha 4 (Amarela) do Metrô, que deixou sete pessoas mortas, o Sindicato dos Metroviários de São Paulo realizou na tarde desta segunda-feira uma manifestação na Estação Sé (Linha Azul), no Centro. Cerca de 30 pessoas participaram do protesto, entre integrantes do sindicato e parlamentares.

Com faixas com frases como "Valorização do corpo técnico do Metrô", "Movimento contra a privatização da Linha 4 do Metrô" e "Pela instalação da CPI da Alesp (Assembléia Legislativa de São Paulo) sobre a Linha 4", os manifestantes pediram um processo transparente de investigação nas obras da Linha 4.

- Queremos um processo de investigação transparente do estado, do Metrô e das empreiteiras. Achamos que há muitos órgãos da sociedade civil, como o sindicato dos engenheiros, dos arquitetos e o próprio IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) que têm condições de fazer uma apuração mais isenta e mais transparente -, disse o presidente do sindicato, Flávio Godói.

Segundo Godói, o problema da Linha 4 não fica apenas na Estação Pinheiros. Ele exigiu a criação de uma comissão formada por integrantes do sindicato para fazer parte das investigações.

O presidente da Comissão de Serviços e Obras Públicas da Assembléia de São Paulo, deputado Sebastião Arcanjo (PT), classificou o acidente na estação de Pinheiros como uma "tragédia anunciada". Para ele, os trabalhos de investigação do acidente estariam prejudicados porque a própria estrutura de investigação é precária.

- Estamos esperando um laudo do IPT para daqui a oito meses. Isto porque o IPT também foi sucateado. Vamos ter que esperar oito meses para ter uma opinião sobre o assunto -, criticou.