O Seminário Internacional sobre o Mercado de Créditos de Carbono, previsto para os dias 25 e 26 deste mês, pretende mostrar o cenário do mercado mundial de crédito de carbono e apresentar simulação de negociação para pequenas e médias indústrias. O encontro será no Hotel Tryp Higienópolis, na capital paulista, onde serão discutidas as vantagens competitivas, benefícios e perspectivas com o foco para as pequenas e médias indústrias no Brasil; a divulgação das ações no contexto do crédito de carbono para gerar sustentabilidade; a orientação às pequenas e médias indústrias brasileiras a se capacitarem para desenvolver projetos dentro dos MDL's - Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, se beneficiando com isso no mercado de crédito de carbono mundial.
O público-alvo são os empresários nas áreas de energia, saneamento, aterros, óleo e gás, agro-negócio, meio ambiente, orçamento e gestão, recursos hídricos, ciência e tecnologia entre outros. Diretores de empresas, gerentes de meio ambiente, economistas, investidores, advogados, coordenadores de projetos, e professores estudantes na área ambiental, especialistas na área sócio ambiental, ONGs, consultores e representantes de organismos públicos e privados.
Segundo o diretor executivo do Brazilian Carbon Bureau, Julio Tocalino Neto, o seminário "quer capacitar os profissionais da indústria de pequeno e médio porte para desenvolver projetos, fase por fase, dentro das próprias empresas, além de gerar resultados significativos com aportes reduzidos de investimentos, dentro dos parâmetros dos MDL's". O evento irá desenvolver vários temas pertinentes ao Mercado de Carbono. Segundo a Convenção de Kyoto determina-se que quem polui deve assumir financeiramente as conseqüências dos seus atos, e pagar os prejuízos causados ao ambiente, ou compensar esta falta investindo na recuperação e manutenção de áreas verdes.
As perspectivas de negócios no mercado de Créditos de Carbono irão beneficiar as empresas que estão interessadas em desenvolver projetos que possibilitem a redução das emissões de CO2, conseguindo assim os chamados Reduções Certificadas de Emissões (CERs). As previsões com relação a este mercado é que continue em ação o mercado regional Europeu, o do Reino Unido, Japão, Canadá e Austrália e o de varejo. Na perspectiva mais otimista com relação a participação brasileira no mercado de carbono, o país seria responsável por 17% dos projetos de MDL's. A receita líquida do país com isso pode chegar a quase US$ 350 milhões com a venda de CERs, até 2010.
O seminário e organizado pela revista Meio Ambiente Industrial e realizado pela Ambientepress Comunicação Ambiental e o Brazilian Carbon Bureau. Serão discutidos também os contratos de compra e venda de créditos de carbono, como também as vantagens econômicas e os reflexos de mercado, principalmente para o Brasil.
Créditos de Carbono
Os Créditos de Carbono, criados pelo Tratado de Kyoto, são certificados de compensação que os países em desenvolvimento (como Brasil, China e a índia) podem emitir a cada tonelada de gases tóxicos que deixam de lançar na atmosfera. Os países industrializados, por sua vez, que precisam reduzir a emissão de gases poluentes, compram tais créditos como "direito de poluir".