Rio de Janeiro, 10 de Dezembro de 2025

Mercadante: governo intensifica esforço para aprovar medidas de ajuste

O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, disse que o governo está intensificando o esforço para aprovar as medidas de ajuste fiscal no Congresso.

Segunda, 25 de Maio de 2015 às 09:48, por: CdB
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Mercadante disse que que foi criada uma comissão técnica para discutir a Previdência Social
O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, disse nesta segunda-feira que o governo está intensificando o esforço para aprovar as medidas de ajuste fiscal no Congresso Nacional, acrescentando que foi criada uma comissão técnica para discutir a Previdência Social. Na mesma entrevista a jornalistas, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, voltou a mostrar sua preocupação com a receita e defendeu o ajuste fiscal, afirmando que as projeções atuais para a receita são substancialmente inferiores às votadas no Orçamento no mês passado. Na última quinta-feira, a presidenta Dilma Rousseff disse que quer e precisa da aprovação das medidas de ajuste fiscal em tramitação no Congresso. Acrescentou que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, é homem de sua confiança e permanecerá no governo. Segundo ela, o ajuste é “fundamental” para o “Brasil virar esta página” que começou com a crise econômica mundial, em 2008. Em referência aos comentários do senador Lindberg Farias (PT-RJ), que em entrevista no dia 20 deste mês, defendeu a saída de Levy, a presidenta disse que o ministro vai permanecer no governo. - Este é um país democrático, as pessoas podem pensar diferente. Dentro de todos os partidos você vê pessoas pensando diferente. Eu não tenho a mesma posição do senador em relação ao Joaquim Levy. O Joaquim Levy é da minha confiança, fica no governo - afirmou. FMI Na semana passada, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, disse ue o Brasil age com correção ao adotar as medidas de responsabilidade fiscal, câmbio flexível e a meta de inflação. Para ela, estes são os principais pilares macroeconômicos adotados pelo país nos últimos 15 anos e que deram certo. Segundo ela, o país obteve “benefícios importantes ao sustentar altas taxas de crescimento e estabilizar a inflação”. Christine Lagarde acrescentou que isso “aconteceu enquanto o país reduzia a dívida pública, acumulava RESERVAS internacionais e tirava milhões de pessoas da pobreza”. A diretora do FMI participou do segundo dia do 17º Seminário Anual de Metas para a Inflação, organizado pelo Banco Central, no Rio de Janeiro. Lagarde destacou que os preços administrados estão sendo reajustados. Para ela, mesmo sendo uma medida importante tem como efeito colateral o aumento das pressões inflacionárias. - Para impedir que as alterações nesses preços relativos afetem as expectativas do mercado a médio prazo, a política monetária passou acertadamente a adotar uma postura mais restritiva desde o fim do ano passado - avaliou. Christine destacou que há sinais de que essa política esteja surtindo efeito, apesar da inflação ainda permanecer elevada em 2015 em função dos reajustes dos preços relativos. - A expectativa e que [a inflação] volte a ficar abaixo do teto da meta em 2016, continuando então a convergir para o centro da meta - afirmou.
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