Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Marum insiste na ‘chantagem’ e pressiona governadores a votar na reforma da Previdência

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Sexta, 29 de Dezembro de 2017 às 13:07, por: CdB

Mesmo tachado de ‘chantagista’ por governadores do Nordeste, Marum quer trocar votos por benesses.



 

Por Redação, com ABr - de Brasília

 

Não bastou a carta dos governadores dos Estados do Nordeste ao presidente de facto, Michel Temer. Mesmo taxado de ‘chantagista’, o chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marum, voltou a afirmar, nesta sexta-feira, que manterá a exigência de apoio à reforma da Previdência, juntos às bancadas estaduais, em troca de empréstimos na Caixa Econômica Federal (CEF).

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Marum, na Câmara, foi um dos maiores defensores do hoje presidiário Eduardo Cunha (MDB-RJ)

Marum, em conversa com jornalistas após solenidade no Palácio do Planalto, foi adiante. Disse que não abrirá mão de pedir apoio à reforma previdenciária para todos os agentes públicos; e não apenas aos governadores. Em seguida, o deputado emedebista licenciado desconversou. Disse que não condicionou a liberação financiamentos em bancos públicos para os governadores; ao comprometimento deles na busca de votos para aprovar a reforma.

— A verdade é que não está sendo condicionado, mas também é verdade que não vamos abrir mão de pleitear o apoio dos agentes públicos e; especialmente, daqueles que estão sendo beneficiados por ações do governo — emendou.

Cartilha

O assessor de Temer participou de cerimônia de assinatura da liberação de R$ 951,26 milhões em empréstimos da Caixa a companhias estaduais de saneamento do Espírito Santo; Pernambuco, Goiás e Rio Grande do Sul.

Mais adiante, deixou clara sua intenção. Disse que não segue a cartilha do “politicamente correto”.

— Nessa cartilha, não cabe muitas vezes a verdade; a necessidade de se falar em gratidão. Mas cabe a hipocrisia e mentira — ameaçou.

‘Mentira’

Na tentativa de mudar a direção dos fatos, Marum comparou a “nazistas” quem estaria propagando “mentiras” sobre seu discurso; relacionando-o à chantagem da troca de votos por benesses públicas.

— É como o nazismo em que uma mentira que se repete à exaustão e se transforma em verdade — diz ele sem, efetivamente, contraditar seus acusadores.

Para o ministro foram propagadas duas mentiras. Uma delas seria a negação de que a Caixa tem como razão de existência a sua missão de “conduzir e executar políticas públicas”.

— É mentira que a Caixa não existe para isso — disse, ao lado do presidente da instituição financeira, Gilberto Occhi.

Desafio

Outra mentira, segundo o parlamentar afastado para ocupar um cargo na equipe do Palácio do Planalto, é que se estaria condicionando “apoio a reforma da Previdência a qualquer ação governamental”.

O coordenador político do governo chegou a desafiar quem possa encontrar em sua fala qualquer chantagem.

— Não vão achar — disse, sem se referir à carta dos governadores

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