Rio de Janeiro, 14 de Dezembro de 2025

Marinha Britânica investiga captura de militares

Sexta, 06 de Abril de 2007 às 08:25, por: CdB

A Marinha britânica (Royal Navy) abriu uma "investigação detalhada" sobre as circunstâncias da captura de quinze militares desse país pelo Irã, informou nesta sexta-feira  o Ministério da Defesa.

O ministério também afirmou que alguns dos quinze militares, que voltaram nesta quinta-feira ao Reino Unido depois de ser libertados após treze dias de cativeiro, darão  uma entrevista coletiva. Além disso, os marinheiros serão entrevistados  por especialistas militares em relação ao fato, e passarão por exame médico.

Os quinze militares - entre eles uma mulher - foram detidos em 23 de março em águas do Golfo Pérsico pelas autoridades iranianas, que os acusaram de invadir seu território, o que Londres negou reiteradamente.

Segundo o Governo britânico, os soldados patrulhavam em águas iraquianas em aplicação da resolução 1.723 das Nações Unidas. Nessa resolução, emitida em 28 de novembro de 2006, a ONU estendeu o mandato da força multinacional até o final de 2007, após a formação de um Governo de união nacional no Iraque.

O chefe de Estado-Maior da Marinha, almirante Jonathan Band, defendeu  o comportamento dos marinheiros, que reagiram muito bem em circunstâncias muito difíceis. Band também revelou que as inspeções de embarcações pelos navios da Royal Navy que patrulham no Golfo Pérsico foram suspensas até uma "revisão completa" do fato.

Sobre as "confissões" de alguns marinheiros que apareceram na televisão iraniana, nas quais admitiam que tinham entrado em águas iranianas, o almirante disse que essas declarações parecem ter sido feitas sob "pressão psicológica".

Os militares chegaram nesta quinta-feira ao aeroporto londrino de Heathrow, depois que o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, anunciou no dia anterior a libertação como um "presente ao povo britânico".

Após aterrissar em Heathrow, os soldados foram levados em dois helicópteros da Marinha britânica à base militar de Chivenor, no condado de Devon (sudoeste da Inglaterra), onde encontraram suas famílias.

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