Manifesto pela morte do menino João Hélio toma conta das ruas do Centro

A Avenida Rio Branco, no Centro do Rio, foi tomada por cerca de 500 pessoas que caminharam em protesto contra a onda de violência na cidade. Duas faixas da pista foram interditadas para os manifestantes que gritam "o povo unido jamais será vencido". Eles saíram da missa contra a violência na Igreja da Candelária, no Centro. Por onde passaram, as centenas de pessoas foram recebidas com chuva de papel picado. Os manifestantes também cantaram o hino nacional enquanto se dirigiam à Assembléia Legislativa do Rio (Alerj), no Centro.

Os pais do menino João Hélio, morto arrastado no dia 7 de fevereiro, participaram de uma missa contra a violência na Igreja da Candelária, no Centro do Rio, na manhã desta quarta-feira.
Cerca de mil pessoas estavam na igreja e o clima era de grande comoção. O evento foi promovido pelos pais da jovem Gabriela, vítima de bala perdida no metrô, em 2003. Os pais de João Hélio foram muito aplaudidos na chegada.

O governador Sérgio Cabral chegou ao local e foi recebido aos gritos de "justiça" e "João". Cabral disse que veio primeiro como pai e depois como cidadão e governador.

- Isso serve para reafirmar nosso compromisso de estabelecer uma política de segurança séria. É mais um estímulo para esse trabalho ser feito com dedicação e competência -, afirmou o governador.

Ele recebeu uma carta de intenções apresentada por parentes de vítimas da violência no Rio, com pedidos de ações comunitárias para a sociedade poder fiscalizar o poder público em áreas como educação, saúde e segurança. Cabral contou que vai levar a carta ao presidente Lula.