Maia disse que seguirá focado na votação do projeto na próxima semana. Ele espera começar a apreciação da PEC na terça-feira pela manhã; se tiver a garantia de votos para a aprovação.
Por Redação - de Brasília
Presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM) voltou a reconhecer, nesta terça-feira, que há empecilhos para que a proposta de reforma da Previdência seja votada em Plenário, ainda este ano. Maia disse não concordar com a posição de alguns parlamentares de que o governo deveria ir para o tudo ou nada. Mesmo sem garantia de votos para aprovar o parecer do relator Arthur Maia (PPS-BA).
— Não dá para ir para o tudo ou nada. Temos que fazer conta. Se você tiver uma projeção de 270 votos e ir para o tudo ou nada, significa você se jogar do trigésimo andar sem paraquedas. Eles [que defendem essa teoria do tudo ou nada] que se joguem — disse Maia, após reunião com bancada do DEM.
Segundo Maia, “a Câmara vai votar semana que vem se tiver voto para aprovar a reforma”.
— Se a gente estiver longe dos 308 votos e colocar para votar, ao invés de termos 280 votos, vamos ter 150 votos no plenário. Uma coisa é ir para o tudo ou nada com 315, outra é ir para o tudo ou nada com 270. O ideal é termos uma garantia de 330 votos para colocarmos a reforma em votação — acrescentou.
Programas claros
Maia disse que seguirá focado na votação do projeto na próxima semana. Ele espera começar a apreciação da PEC na terça-feira pela manhã; se tiver a garantia de votos para a aprovação.
— Para cumprirmos esse calendário, precisamos que os líderes consigam organizar os votos para chegar ao plenário com tranquilidade. O DEM se reuniu nesta manhã e temos um cenário melhor do que eu esperava sobre a reforma. O partido vai encaminhar para dar um resultado contundente para essa votação — afirmou o deputado.
Sobre o possível fechamento de questão de seu partido, Maia destacou que a decisão cabe à legenda. Ele disse, no entanto, que esse tipo de posição serve mais para partidos que não tenham programas claros.
— O DEM tem um programa claro de compromisso com o equilíbrio fiscal para garantir o desenvolvimento do país. Então, não temos nem o que discutir — concluiu.