Pré-candidato do DEM à Presidência da República, Maia disse a jornalistas, nesta terça-feira; que não há chance de o Congresso aprovar aumento de impostos.
Por Redação - de Brasília
Presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) chamou de “irresponsável” a declaração do titular da Fazenda, Eduardo Guardia; sobre a necessidade de aumento de impostos. A elevação das taxas serviria para o governo financiar o custo com as medidas anunciadas para encerrar a greve dos caminhoneiros.
Pré-candidato do DEM à Presidência da República, Maia disse a jornalistas, nesta terça-feira; que não há chance de o Congresso aprovar aumento de impostos. Guardia havia sugerido a medida
— Não vai ter, porque isso aqui é uma democracia e ele (Guardia) não manda no Congresso Nacional — disse o deputado na Câmara.
Descompostura
Ainda segundo Maia, o que Guardia declarou “foi muito irresponsável”.
— Num momento de crise, que está se tentando debelar, diminuir a mobilização, tentar colocar o Brasil no eixo novamente; ele vem falar de aumento de imposto. O movimento todo tem de fundo a questão de não ter aumento de imposto. E ele fala o contrário. (Guardia) Sabe muito bem que no Congresso não haverá aumento de imposto — acrescentou.
Nesta manhã, Guardia desdisse a declaração anterior. Segundo afirmou “em nenhum momento” o governo trabalha com aumento de impostos para compensar a queda de preços do diesel. Voltou atrás, portanto, em relação ao que havia dito na véspera; quando citou a medida como uma solução para compensar as perdas fiscais.
— O mecanismo que governo adotará será a redução de incentivos fiscais para compensar queda de impostos sobre diesel — disse Guardia; em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
Benefícios fiscais
Na véspera, o ministro afirmou que o governo teria que aumentar impostos ou retirar benefícios tributários para cobrir parte do custo da redução de R$ 0,16 em PIS/Cofins e Cide sobre o diesel, calculado em R$ 4 bilhões no total.
— Haverá aumento (de impostos) para alguém? Sim — disse; na ocasião.
Guardia acrescentou que o movimento não aumentaria a carga tributária; pois apenas compensaria a perda que seria registrada na outra ponta.
Aos parlamentares, Guardia argumentou estava citando eventual aumento de impostos dentro das possibilidades previstas na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). E que o governo irá optar pela redução de benefícios fiscais “que não vai afetar a carga de impostos para a população em geral, vão afetar segmentos empresariais específicos”.
A fala de Guardia na véspera fez surgir críticas no setor empresarial e no Congresso, num ano eleitoral marcado por fortes incertezas.
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