Em comunicado, chanceler federal alemã e presidente francês classificam como inaceitáveis crescentes violações de cessar-fogo na região disputada pelo governo ucraniano e separatistas pró-Rússia
Por Redação, com DW - de Berlim/Paris:
A chanceler federal alemã, Angela Merkel, e o presidente da França, Emmanuel Macron, classicaram neste sábado como inaceitáveis as crescentes violações do cessar-fogo no leste da Ucrânia e pediram que as partes em conflito assumam suas responsabilidades.
Em comunicado divulgado pelo Palácio do Eliseu, Merkel e Macron afirmam; que a solução para a disputa iniciada em 2014 entre o Exército ucraniano e separatistas pró-Rússia pelo controle do território deve ser pacífica.
Para os dois políticos, o cumprimento do compromisso é importante "para aliviar o sofrimento das populações mais afetadas pela atual situação".
Macron e Merkel reiteraram apoio "ao pleno respeito à soberania e à integridade territorial da Ucrânia"; e o compromisso com a aplicação completa dos Protocolo de Minsk, assinados em fevereiro de 2015; pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko.
De acordo com o documento, as partes envolvidas no conflito devem "implementar o mais rapidamente possível as decisões já aprovadas para aliviar o sofrimento das populações mais afetadas pela atual situação".
De acordo com o documento, as partes envolvidas no conflito; devem "implementar o mais rapidamente possível as decisões; já aprovadas para aliviar o sofrimento das populações mais afetadas pela atual situação".
Sanções econômicas contra a Rússia
No comunicado, Merkel e Macron parabenizaram o acordo alcançado; durante a reunião do Grupo de Contato Trilateral sobre a Ucrânia; formado por representantes da Rússia; da Ucrânia e da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE); para libertar 380 prisioneiros de ambas partes.
Para isso, o Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) precisa ter acesso a todos os detidos e ter o trabalho de procura de pessoas desaparecidas facilitado.
– Isso deve ser cumprido sem demora. Seria um grande avanço na aplicação dos Protocolo de Minsk – escreveram.
No texto, os políticos ainda apelaram ao retorno de oficiais russos ao centro conjunto para o controle do cessar-fogo no leste da Ucrânia, cuja retirada foi anunciada pela Rússia no último dia 18.
A necessidade de tirar as armas pesadas das zonas de conflito, respeitar plenamente o mandato da missão especial de observação da OSCE, proteger as infraestruturas civis, assim como implementar outras medidas como as eleições locais, foram outras das reivindicações feitas.
Nesta semana, a União Europeia (UE) estendeu por seis meses as estendeu por seis meses as sanções econômicas contra a Rússia pelo envolvimento do país no conflito que divide o leste da Ucrânia há quase quatro anos.
As sanções
As sanções estão em vigor desde meados de 2014; no auge da crise da Ucrânia; alguns meses após a anexação da Crimeia pela Rússia; seguida pela ofensiva dos rebeldes pró-russos no leste da Ucrânia.
O conflito já deixou mais de 10 mil mortos. Kiev e os países ocidentais acusam a Rússia de apoiar os rebeldes separatistas, fornecendo armas. Mas o presidente russo, Vladimir Putin, nega as acusações.