Rio de Janeiro, 27 de Dezembro de 2025

Lula recebe Evo e acena com novos contratos com a Bolívia

O Brasil oferecerá à Bolívia um aumento no preço do gás que abastece parte da região Centro-Oeste do país, atualmente a "um preço muito baixo", disse o assessor da Presidência brasileira Marco Aurélio Garcia. (Leia Mais)

Quarta, 14 de Fevereiro de 2007 às 09:45, por: CdB

O Brasil oferecerá à Bolívia um aumento no preço do gás que abastece parte da região Centro-Oeste do país, atualmente a "um preço muito baixo", disse o assessor da Presidência brasileira Marco Aurélio Garcia. O anúncio foi feito no início da visita ao Brasil do presidente da Bolívia, Evo Morales, que se reuniu com o colega brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva. Evo tem pedido um aumento nos valores do gás que seu país envia ao mercado brasileiro e que tem São Paulo como destino principal. Uma pequena parte do produto também se destina ao abastecimento de uma usina térmica em Cuiabá, na região Centro-Oeste do Brasil.

- Há um problema imediato, que é o problema do gás em Cuiabá, que está com um preço muito baixo. Nós reconhecemos isso, para o qual já existe uma solução técnica. Neste ponto, o presidente Morales terá uma resposta positiva - disse Garcia a jornalistas.

O gás atualmente enviado pela Bolívia a Cuiabá tem o valor de US$ 1,09 por milhão de BTU (unidades térmicas britânicas), muito abaixo dos US$ 4 por milhão de BTU pagos pela Petrobras pelo gás transportado através do gasoduto entre Santa Cruz de La Sierra e São Paulo. Evo também pede um aumento para US$ 5 por milhão de BTU no preço do produto, similar ao que paga a Argentina desde outubro.

No entanto, a estatal brasileira Petrobras, que opera o gasoduto, disse que não modificará a política de reajuste do gás que é transportado a São Paulo, e que foi fixada em um contrato com vencimento em 2019. A fórmula de reajuste contempla variações trimestrais de acordo com a evolução do preço de uma cesta de tipos de produtos brutos.

Em sua visita de Estado ao Brasil, Morales firmou diversos acordos bilaterais com o Brasil. Também visitará autoridades do Congresso e do Poder Judiciário.

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