Rio de Janeiro, 20 de Março de 2025

Lula se distancia dos adversários, que tentam reagir à possível derrota

No segundo turno, Lula venceria em qualquer circunstância. Com Bolsonaro (51% a 33%), Marina (48% a 35%) e Alckmin (52% a 30%). A ex-senadora bateria o deputado do PSC por 46% a 32%.

Domingo, 03 de Dezembro de 2017 às 13:55, por: CdB

No segundo turno, Lula venceria em qualquer circunstância. Com Bolsonaro (51% a 33%), Marina (48% a 35%) e Alckmin (52% a 30%). A ex-senadora bateria o deputado do PSC por 46% a 32%.

 

Por Redação - de São Paulo

 

A pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada neste fim de semana, consolida a liderança do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na corrida eleitoral do ano que vem. Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PSC) se mantém isolados na primeira e na segunda posições, respectivamente, para as eleições presidenciais de 2018. No cenário mais provável, que inclui Marina Silva (Rede); pré-candidata declarada, e Geraldo Alckmin, prestes a assumir o comando do PSDB no próximo sábado, Lula venceria com 34% das intenções de voto.

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Lula (PT) aparece com o dobro de intenções de voto do adversário Jair Bolsonaro (PSC)

O deputado Bolsonaro fica no meio do caminho, com 17%. A vantagem, no entanto, é de 8 pontos percentuais sobre a ex-senadora. Marina aparece com 9%. O governador de São Paulo surge na quarta posição, com 6%, empatado com Ciro Gomes (PDT).

Bolsonaro

A pesquisa ainda inclui Joaquim Barbosa (sem partido), com 5%; o senador Alvaro Dias (Podemos), com 4%; a deputada estadual Manuela D'Ávila (PCdoB), com 1%; o presidente de facto, Michel Temer (PMDB), com 1%; e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), também com 1%.

No cenário sem Joaquim Barbosa, Temer e Meirelles, Lula sobe para 36%; Bolsonaro, para 18%; Marina, para 10%; e Alckmin e Ciro, para 7%. Sem o ex-presidente petista, o deputado do PSC lidera todas as hipóteses, com 21% a 22% das intenções de voto.

Quem mais se aproximada de Bolsonaro é a pré-candidata da Rede, que chega a 16% no cenário com Ciro (12%) e Alckmin (9%). E a 17%, na hipótese com o ex-governador do Ceará (13%) e o prefeito de São Paulo, João Doria, do PSDB (6%).

Nos dois cenários, o líder petista é o antecessor de Doria na capital paulista, Fernando Haddad, que aparece, respectivamente, com 5% e 3% das intenções de voto.

Tucano

No segundo turno, Lula venceria em qualquer circunstância. Com Bolsonaro (51% a 33%), Marina (48% a 35%) e Alckmin (52% a 30%). A ex-senadora bateria o deputado do PSC por 46% a 32%. Vale lembrar que o ex-presidente só poderá se candidatar caso não seja condenado em segunda instância antes das eleições.


Para o ex-assessor de Imprensa de Lula, o jornalista Ricardo Kotscho, em seu blog, “nos dois meses que separam esta nova pesquisa Datafolha da anterior, divulgada no final de setembro, candidatos entraram e saíram da disputa, Alckmin ganhou destaque ao ser entronizado como candidato do PSDB; mas o cenário é o mesmo: só Lula continua crescendo em todos os cenários, nos dois turnos, e os demais estão empacados”.

“Que me lembre, nenhuma notícia positiva sobre Lula foi divulgada neste período; muito ao contrário. Seu nome só é citado no noticiário ligado a processos e denúncias sem fim da Lava Jato; que corre para julgá-lo logo em segunda instância no TRF-4, em Porto Alegre. Como é que meus colegas analistas vão explicar esta resiliência do ex-presidente petista? Quanto mais apanha, mais Lula cresce diante dos adversários, chegando em alguns levantamentos a ter mais do que todos os outros juntos?”, questiona.

Primeiro turno

Já o jornalista Fábio Lau, editor do site de notícias Conexão Jornalismo, ressalta que “o instituto fez 2.765 entrevistas entre 29 e 30 de novembro, em 192 cidades. A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos. Como houve alterações em cenários, só é possível comparação com levantamentos anteriores nas simulações de intenção espontânea de voto no primeiro turno e estimuladas no segundo”.

“O tucano, hoje, está em quarto lugar na disputa em um cenário com a maior gama de candidatos colocada, empatado numericamente com o ex-governador Ciro Gomes (PDT, 6%) e tecnicamente com o ex-ministro do Supremo Joaquim Barbosa (sem partido mas cortejado pelo PSB, 5%) e o senador Alvaro Dias (Podemos, 3%)”, acrescenta.

Lau ressalta que “a candidatura Lula poderá ser barrada, uma vez que está previsto julgamento em segunda instância da condenação por corrupção no caso do apartamento no Guarujá -o petista pegou nove anos e seis meses de prisão. Se a condenação for ratificada no colegiado, legalmente ele está fora; mas pode haver recursos. O PT acredita ser possível mantê-lo na disputa pelo menos até o primeiro turno, se condenado”, conclui.

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