O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomou posse nesta segunda-feira e deixou para depois a indicação do novo ministério. O ministro Luiz Dulci, da Secretaria-Geral da Presidência, informou que a princípio a intenção de Lula é nomear o grupo de ministros de uma vez só após suas férias: "Depois do dia 15, o presidente disse que vai se concentrar na escolha dos novos ministros".
Segundo Dulci, a novidade da posse foi o presidente reafirmando seus compromissos e em vez de indicar os novos ministros.
Ele destacou ainda que não se trata de uma reforma ministerial, mas designação de ministros para o segundo mandato.
- A experiência do presidente adquirida no primeiro mandato vai melhorar a relação dele com o Congresso Nacional - disse. Dulci defendeu que a base aliada defina um nome único para disputar a Presidência da Câmara dos Deputados.
Para o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a acomodação dos partidos na coalizão no governo precisa ser programática em torno de determinados objetivos que podem ser circunstanciais.
- Mas precisam acontecer, senão vai ser uma mera repartição de poder - afirmou.
O vice-líder do governo na Câmara, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), apóia a formação de um governo de coalizão, mas para isso defende uma participação maior dos aliados nos cargos federais.
- O PT precisa compreender que para esse segundo governo o grande vitorioso foi o presidente Lula, não o partido. E que o presidente Lula quer um governo de coalizão, e para tê-la é preciso alguns recuarem e outros avançarem. Senão, não teremos coalizão. Vamos trabalhar para que isso ocorra tanto na Esplanada [isto é, nos ministérios] como aqui na Câmara dos Deputados.