O presidente do Equador, Lucio Gutiérrez, voltou a rejeitar categoricamente no último domingo qualquer ligação com o narcotráfico durante a campanha eleitoral que o levou ao poder em janeiro de 2002.
Gutiérrez acusa setores da oposição social democrata de uma 'conspiração' e 'manipulação perversa' contra seu governo, por tentar ligá-lo ao empresário equatoriano César Fernández, detido em outubro numa investigação sobre narcotráfico.
Fernández, empresário e ex-governador da província de Manabí (sudoeste), foi preso numa operação antidrogas, que incluiu a captura de mexicanos, colombianos e peruanos e a apreensão de três aviões. Em rede nacional de rádio e TV, o presidente reafirmou agora a noite que Fernández não contribuiu com sua campanha eleitoral e desafiou a imprensa a provar as denúncias contra ele.
Conforme o jornal El Comercio de Quito, César Fernández contribuiu com 30 mil dólares para a campanha eleitoral de Gutiérrez. O presidente disse que a matéria do El Comercio sugere que 'sua austera campanha eleitoral foi salpicada pelo dinheiro sujo do narcotráfico'.
- Além de um homem honrado, sou um homem que fica indignado com a injustiça e a maledicência e, como presidente da República, sou o guardião do prestígio desta Pátria - disse Gutiérrez, um coronel da reserva que tomou posse em 15 de janeiro para quatro anos de mandato.
Gutiérrez destacou que as leis não devem servir para proteger e esconder interesses de políticos desclassificados e desafiou o jornal a revelar suas fontes.
O El Comercio de Quito já adiantou que não revelará suas fontes, destacando que 'é inadmissível que o atual governo exija a violação do princípio universal do segredo de fonte, em lugar de oferecer ao povo equatoriano uma ampla investigação sobre o tema'.
Lucio Gutiérrez nega envolvimento com o tráfico de drogas
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Terça, 18 de Novembro de 2003 às 00:38, por: CdB