Apesar das restrições cada vez maiores ao tabaco, mundo afora, os aficionados estão gastando mais para aproveitar melhor cada baforada em seus "puros", o que incentivou as vendas dos charutos cubanos no ano passado, disseram os fabricantes.
A Habanos S.A., joint venture que tem como sócios o Estado cubano e a hispano-francesa Altadis, disse que seu faturamento com charutos de luxo, enrolados à mão, subiu 8% em 2006, atingindo US$ 370 milhões.
Mas as leis cada vez mais severas contra o fumo, afetando especialmente bares e restaurantes, reduzem a quantidade de unidades vendidas, embora não o faturamento, o que significa que o consumidor está preferindo produtos mais caros, disse Javier Terres, vice-presidente da Habanos.
- Esperamos voltar a crescer neste ano. Não será na casa dos dois dígitos, mas achamos que o mercado está bastante estável. Acreditamos que os fumantes de charutos 'premium' podem achar tempo e lugar para fumar. As pessoas estão fumando menos, mas (fumando) charutos melhores - disse ele a jornalistas no início do festival anual do charuto em Havana.
Em cinco dias de festa em Havana, os aficionados e revendedores vão experimentar alguns dos melhores "puros", além de visitar fábricas e plantações de tabaco.
Para atender à demanda por charutos mais refinados, a Habanos está criando novos produtos com folhas curtidas de tabaco.