Rio de Janeiro, 06 de Dezembro de 2025

Lista revela dança dos cargos no Planalto

Circula por entre jornalistas especializados, em Brasília, neste fim de semana, mais uma lista de nomes de ministros que deverão integrar o próximo mandato do presidente Lula. A mais recente, formulada por setores da Câmara dos Deputados e de alguns senadores, aponta a permanência de 13 ministros e a retirada dos outros 21. (Leia Mais)

Sexta, 05 de Janeiro de 2007 às 09:24, por: CdB

Circula por entre jornalistas especializados, em Brasília, neste fim de semana, mais uma lista de nomes de ministros que deverão integrar o próximo mandato do presidente Lula. A mais recente, formulada por setores da Câmara dos Deputados e de alguns senadores, aponta a permanência de 13 ministros e a retirada dos outros 21. Para os parlamentares, todos da base aliada, a disputa política em torno dos cargos tende a movimentar a Esplanada dos Ministérios a partir do próximo dia 20, quando esperam conhecer também o nome do candidato apoiado pelo governo para a presidência da Câmara.

Alguns nomes do ministério de Lula, apesar de sondados pelo próprio presidente sobre a possibilidade de continuarem no cargo, resolveram apear do governo por pura exaustão. É o caso do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Luiz Fernando Furlan. Ele comunicou a Lula, nos últimos dias do ano passado, que não pretendia continuar mais um dia sequer à frente da pasta, mas não deixa sucessor. Ainda segundo observadores entre os aliados paulistas, o nome mais apreciado entre os ministros que integram a base política é o do empresário Jorge Gerdau Johannpeter. Ele esteve presente à posse, em Brasília, onde voltou a negar que integraria a equipe de governo, na contramão do que prevêem os analistas.

Entre os cargos graduados que o presidente não gostaria de mexer, no momento, estão os ministros da equipe econômica Guido Mantega (Fazenda) e Henrique Meirelles (Banco Central), embora a pressão do PT seja intensa no sentido de o novo mandato alterar, profundamente, a condução econômica do país. A realidade é que a reforma no ministério, para os próximos quatro anos, será maior do que se tem cogitado.

A ordem da lista que se segue, como de praxe nesse tipo de consultas, é a mesma do cerimonial do Palácio do Planalto.

Ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff permanece no cargo, mais prestigiada do que nunca;

Ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos deixa a pasta. Tarso Genro (Relações Institucionais) é um candidato forte à sucessão.

Ministro da Defesa, Waldir Pires sai, embora não esteja à vista nenhum sucessor. Chegou-se a pensar no atual presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB), mas este tem chances reais de permanecer no cargo. O mais provável é que o adversário de Rebelo, Arlindo Chinaglia (PT), seja conduzido à pasta.

Ministro das Relações Exteriores, o embaixador Celso Amorim permanece na cadeira.

Ministro da Fazenda, Guido Mantega permanece no governo.

Ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Oliveira Passos deixa o cargo para o senador eleito Alfredo Nascimento (PR-AM, ex-PL), que provavelmente voltará ao cargo.

Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luís Carlos Guedes Pinto deixa o governo.

Ministro da Educação, Fernando Haddad é mantido na pasta, após uma gestão correta e alinhada aos interesses petistas.

Ministro da Cultura, Gilberto Gil já recebeu do presidente a confirmação de sua permanência no cargo.

Ministro do Trabalho e Emprego, o sindicalista Luiz Marinho continua na condução da política trabalhista de Lula, de quem é amigo.

Ministro da Previdência Social, Nelson Machado deixa o cargo e provavelmente será substituído por um nome do PMDB.

Ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias continua.

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