Líderes muçulmanos e facções políticas palestinas exortaram os fiéis a se reunirem para um "dia de revolta" contra as novas políticas de segurança no local
Por Redação, com Reuters - de Jerusalém:
Israel reforçou a segurança na Cidade Velha de Jerusalém nesta sexta-feira e preparou-se para possíveis confrontos com religiosos muçulmanos depois que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, decidiu manter detectores de metal em um local sagrado.
Confrontos diários estão ocorrendo entre palestinos que lançam pedras e policiais israelenses usando granadas. Desde que os detectores foram colocados na entrada do santuário. Conhecido pelos muçulmanos como o Nobre Santuário e pelos judeus como o Monte do Templo, no domingo. O confronto aconteceu após o assassinato de dois policiais israelenses.
Líderes muçulmanos e facções políticas palestinas exortaram os fiéis a se reunirem para um "dia de revolta" contra as novas políticas de segurança no local. Essa medidas veem como mudanças de acordos delicados que governaram o local sagrado por décadas.
A polícia israelense disse que unidades extra foram mobilizadas para reforçar a segurança na Cidade Velha. Enquanto o acesso muçulmano ao santuário para orações seria limitado a mulheres de todas as idades. Homens com mais de 50 anos também não podem participar.
Bloqueios
Bloqueios foram instalados nas estradas próximas a Jerusalém para parar ônibus transportando muçulmanos para o local.
– A polícia está coordenando para permitir que as orações de sexta-feira aconteçam e, ao mesmo tempo, medidas de segurança estão ocorrendo – disse o porta-voz Micky Rosenfeld.
O conjunto Nobre Santuário-Monte do Templo, que contém o Domo de Rocha e a mesquita Al-Aqsa, tem sido uma fonte de conflitos religiosos. Desde que Israel anexou a Cidade Velha. Incluindo essa região, na guerra do Oriente Médio em 1967. O local também se tornou um símbolo do nacionalismo palestino.
Na quinta-feira, houve pedidos para que Netanyahu recuasse e removesse os detectores de metal para não inflamar a situação. O presidente turco, Tayyip Erdogan, depois de discutir o assunto com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, convocou o presidente israelense, Reuven Rivlin, para pressionar pela remoção.