Rio de Janeiro, 08 de Dezembro de 2025

Interventor militar inicia mudanças na cadeia de comando da polícia no Rio

Os responsáveis pela intervenção militar têm experiência de atuação do Estado. Participaram da ocupação militar do Complexo da Maré entre 2014 e 2015.

Sábado, 24 de Fevereiro de 2018 às 15:24, por: CdB

Os responsáveis pela intervenção militar têm experiência de atuação do Estado. Participaram da ocupação militar do Complexo da Maré entre 2014 e 2015.

 
Por Redação - do Rio de Janeiro

 

Começam, na prática, as mudanças em cargos estratégicos das polícias civil e militar do Rio de Janeiro. As substituições terão início já no início da semana, segundo adiantou fonte junto à intervenção militar, no Estado do Rio de Janeiro. O processo será conduzido pelo novo secretário de segurança do Estado, general Richard Fernandes Nunes. Ele contará com o apoio do chefe de gabinete da intervenção federal, general Mauro Sinotti. Ambos foram confirmados pelo Comando Militar do Leste; após indicação do general-interventor, Walter Braga Neto.

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O general Richard Nunes, atual secretário de Segurança, na intervenção militar, iniciará o processo de demissões na semana que vem

Os militares têm experiência de atuação do Estado. Participaram da ocupação militar do Complexo da Maré entre 2014 e 2015; dos Jogos Olímpicos e das ações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Trabalharam em parceria com forças locais.

— As mudanças tendem a começar a acontecer nas polícias civil e militar, já no início semana que vem. Haverá mudanças, mas não vamos destruir a estrutura existente. O que se quer é fortalecer e tornar essa estrutura mais eficiente — disse a fonte à agência inglesa de notícias Reuters.

Demissões

A possibilidade de generais assumirem batalhões ou quartéis da PM do Rio de Janeiro está descartada e as mudanças previstas sinalizam para novos nomes, novas estratégias e atuação e de integração.

— É fundamental que as corporações se reestruturem e se fortaleçam por si mesmas. Para que permaneçam é preciso que as mudanças sejam lideradas pelos próprios integrantes da instituição que escolheram pertencer — disse a fonte.

Após o decreto de intervenção federal na área de segurança do Rio de Janeiro, o primeiro membro da cúpula da segurança pública do Estado a deixar suas funções foi o secretário de segurança Roberto Sá.

Comando

O chefe da polícia civil Carlos Leba e o comandante da PM Wolnei Dias ainda permanecem nos cargos e têm participado de reuniões no CML, mas a permanência deles não está garantida.

— A partir de agora é com o interventor e com o secretário de segurança. Eles é que estão no comando — afirmou à agência o governador Luiz Fernando Pezão.

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