Rio de Janeiro, 18 de Março de 2025

Integrantes do MTST desocupam Secretaria de Habitação de São Paulo

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) desocuparam neste sábado a sede da Secretaria Estadual de Habitação de São Paulo

Sábado, 09 de Dezembro de 2017 às 11:46, por: CdB

Segundo o coordenador do movimento, Guilherme Boulos, os militantes decidiram deixar o prédio após um entendimento com o governo estadual

Por Redação, com ABr - de São Paulo:

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) desocuparam neste sábado a sede da Secretaria Estadual de Habitação de São Paulo. O grupo estava no local desde a última quarta-feira para evitar o despejo das 8 mil famílias que fazem parte da ocupação Povo Sem Medo, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo.

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Após negociação, MTST desocupa Secretaria de Habitação de São Paulo

Segundo o coordenador do movimento, Guilherme Boulos, os militantes decidiram deixar o prédio após um entendimento com o governo estadual. O movimento deve, de acordo com ele; assinar um acordo para ser apresentado à Justiça e evitar uma ação de reintegração de posse na área da ocupação.

Na segunda-feira, haverá uma reunião com o Grupo de Apoio às Ordens Judiciais de Reintegração de Posse do Tribunal de Justiça para decidir sobre o destino da ocupação.

Impasse

Em 2 de outubro, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) manteve uma decisão; proferida em primeira instância, de reintegração de posse do terreno ocupado; que tem 60 mil metros quadrados. A ocupação começou há cerca de três meses.

O MTST argumenta que a construtora MZM, proprietária do imóvel, tem uma dívida de mais de R$ 500 mil referentes àquela área. Questionada sobre a dívida com o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU); a prefeitura de São Bernardo do Campo informou que “a divulgação da situação de débitos de contribuintes pode ferir o disposto no Artigo 198 do CTN (Código Tributário Nacional); que trata do sigilo fiscal”. O MTST alega também que o terreno está abandonado há muito tempo e não cumpre função social.

De acordo com a construtora MZM, o que existe é “um pedido de revisão sobre o valor lançado do imposto deste ano; em andamento na prefeitura por meio de recurso administrativo”, e não uma pendência de impostos.

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