Para o novo presidente, o Inep, que entre outras funções é responsável pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), é a autarquia "que garante a efetividade das políticas públicas educacionais"
Por Redação, com ABr - de Brasília:
Luiz Roberto Curi é o novo presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Ele recebeu o convite do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, na quinta-feira. "Eu não me candidatei, fui surpreendido pelo convite, é um honra muito grande", conta em entrevista à Agência Brasil.
A nomeação de Curi para o cargo foi publicada na última quarta-feira na mesma edição extra do Diário Oficial da União que trazia a nomeação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro-chefe da Casa Civil. Até ser nomeado, Curi era integrante do Conselho Nacional de Educação (CNE).
"Avaliações devem incentivar qualidade da educação", diz Luiz Roberto Curi novo presidente do Inep
Para o novo presidente, o Inep, que entre outras funções é responsável pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), é a autarquia "que garante a efetividade das políticas públicas educacionais". Ligado ao Ministério da Educação (MEC), o instituto promove estudos, pesquisas e avaliações do sistema educacional brasileiro. Além do Enem, cuida de avaliações como a Prova Brasil. Também produz os censos Escolar e da Educação Superior.
Curi vê as avaliações como uma forma de melhorar a qualidade da educação. "As avaliações não devem apenas aferir a qualidade, mas incentivá-la. São instrumentos relevantes para a qualificação dos atores (que dela participam)", defende, acrescentando que elas devem servir para aproximar cada vez mais o ensino público e particular dos interesses da sociedade.
Curi assume o Inep em substituição a Franciso Soares, que pediu demissão. "Soares é meu amigo de muitos anos, excelente intelectual, fez um bom trabalho", diz.
O ex-integrante do CNE já compôs também o Conselho Superior da Unicamp) e presidiu o Conselho do Patrimônio Artístico, Arquitetônico e Cultural de Campinas. No Ministério da Educação, foi diretor-geral de Políticas de Educação Superior entre 1997 e 2002. Teve passagem ainda pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), ambos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Abaixo-assinado
Antes da nomeação, funcionários do Inep fizeram um abaixo-assinado, que contou com mais de 100 assinaturas para pedir que o diretor de Avaliação e Educação Básica da autarquia, Alexandre André dos Santos, fosse nomeado presidente. A justificativa, de acordo com publicação no Facebook de Santos, era "levar um servidor à direção dos trabalhos do Inep".
Na rede social, Santos agradeceu e disse que o momento é de "reiterar o apoio às diretrizes governamentais e defender a legalidade democrática. Ao lado disso, é também imprescindível reconhecer o protagonismo dos servidores e valorizar o diálogo com a sociedade em geral e com a comunidade educacional em especial".
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